Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Galvão, Vítor França |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-01082007-153328/
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Resumo: |
A presente tese tem por objetivo estudar alguns aspectos semióticos de paixão e persuação na relação médico-paciente, uma relação sempre marcada pela verticalização e pela complexidade - de um lado, o poder de persuasão de quem detém o conhecimento; de outro, a fragilidade de quem está doente e precisa da cura. Para esse estudo, será apresentado, em uma primeira parte, um panorama da história da Medicina ocidental, bem como comparações entre os médicos atuais e os xamãs e feiticeiros de antigas civilizações. Verificar-se-á que o prestígio do profissional da Medicina atual assemelha-se ao respeito de que gozava o xamã naquelas sociedades: tanto um quanto o outro, ao estabelecer a cura de um doente, possibilitam sua reintegração ao grupo social a que pertencia e do qual foi separado em razão de sua enfermidade. Em seguida, serão apresentados os modelos teóricos presentes nos escritos de A. J. Greimas e C. T. Pais para que se estudem três casos narrados por médicos de três diferentes especialidades - um ortopedista, um cirurgião de cabeça e pescoço e uma cardiologista. Com a análise semiótica das narrativas, chegar-se-á ao estudo da \"visão de mundo\" subjacente aos citados casos e seus desdobramentos, bem como a análise do comportamento dos sujeitos envolvidos na busca do objeto de valor: o restabelecimento da saúde. De um lado, o profissional da Medicina, que deve seguir os preceitos de sua profissão, bem como os mandamentos da chamada Bioética, para que seja sancionado positivamente pela sociedade da qual faz parte; de outro, o paciente, que freqüentemente deposita no médico mais expectativas de cura do que esse profissional pode alcançar. Serão levadas em conta, também, as teorias de J. Campbell sobre o \"mito do herói\", bem como a teoria dos \"arquétipos\" de C. Jung. Em suma, este trabalho procurou analisar, sob o ponto de vista da semiótica e da bioética, as condições em que se pode desenvolver a relação entre médico e paciente. Assim, esperamos poder contribuir, de alguma forma, para estudos posteriores que se proponham a investigar o universo da Medicina |