Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carneiro, Felipe |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-10122019-091935/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A disfunção erétil (DE) vasculogênica pode ser avaliada pela ultrassonografia Doppler do pênis (UDP) com injeção intracavernosa (IIC). O relaxamento máximo da musculatura lisa dos corpos cavernosos é essencial para se obter um diagnóstico fidedigno. Contudo, inibições psicológicas, que cursam com liberação adrenérgica, podem dificultar esse processo. O objetivo deste estudo é avaliar o uso do estímulo sexual manual e audiovisual (EMAV) como ferramenta durante o UDP para reduzir o número de resultados falso positivos. MÉTODOS: Um total de 40 homens (média de idade 61,8 ± 10,2 anos) com DE foram envolvidos. O Índice Internacional de Função Erétil-5 (IIEF-5) foi aplicado antes do início da avaliação pelo UDP. Cada paciente realizou duas sessões de UDP com IIC de forma randômica com intervalo de 7 dias. A indução farmacológica foi feita com Alprostadil 20 mcg. A sessão A foi feita com IIC e a Sessão B com IIC e EMAV. A velocidade de pico sistólico (VPS), velocidade diastólica final (VDF) e o índice de resistividade (IR) foram aferidos nos momentos 5, 10, 15 e 20 minutos depois da IIC. O diâmetro das artérias cavernosas foi medido antes e após a IIC. RESULTADOS: 23 pacientes realizaram a primeira sessão sem EMAV e 17 com EMAV. Não houve diferenças quanto às características basais. O diâmetro das artérias cavernosas foi maior na sessão com EMAV, independentemente do número da sessão ou lateralidade. A VDF foi menor com EMAV (p=0,022); o IR foi maior (p=0,019) e a VPS não foi influenciada significativamente (p = 0,77). 4/40 pacientes tiveram o diagnóstico modificado devido ao EMAV (10,0%, 95% IC 2,8 - 23,7%). Entre aqueles com DE veno-oclusiva 3/12 (25,0%, 95% IC 5,5 - 57,2%) e entre aqueles com DE arterial 1/4 (25,0%, 95% IC 0,6 - 80,6%). Doze pacientes tiveram diagnóstico final de DE vasculogênica. Nestes, houve maior tendência a serem mais velhos (66,3 ± 5,8 vs 59,9 ± 11,2 anos, p=0,070), maior prevalência de diabetes (75,0 vs 25,0%, p=0,005) e maior propensão a dislipidemia (58,3 vs 25,0%, p=0,071) e sedentarismo (91,7 vs 60,7%, p=0,067). O resultado do IIEF foi menor nos pacientes com DE (6,3 ± 3,3 vs 12,0 ± 5,8, p=0,003) com uma boa acurácia avaliada pela área da curva ROC (AUC-ROC 0,80, 95% IC 0,66 - 0,94). O melhor ponto de corte foi <=9 (sensibilidade 83,3%, especificidade 71,4%). CONCLUSÃO: O EMAV adicionado ao UDP com IIC melhora os parâmetros do exame, inclusive mudando o diagnóstico, reduzindo o número de exames falso positivos |