Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Yamaçake, Kleiton Gabriel Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-07082019-112558/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A disfunção erétil (DE) em pacientes transplantados renais é frequente. A modalidade de tratamento ideal não deve interferir com a função do enxerto. A terapia de onda de choque extracorpórea de baixa intensidade (TOCE) tem atraído interesse devido às suas propriedades angiogênicas e mostrou resultados interessantes quando usada para tratar pacientes com doença cardiovascular e em homens com DE. Nosso objetivo é estudar a eficácia e segurança da TOCE para o tratamento da DE de provável etiologia vascular em homens transplantados renais. MÉTODOS: Foram selecionados 20 homens (média de idade = 53,7 anos, 46 a 61 anos) que foram submetidos a transplante de rim há pelo menos 6 meses e com DE há pelo menos 6 meses. O estudo foi duplo-cego, realizado em um único centro, prospectivo, randomizado e placebo-controlado. Dez pacientes foram randomizados para o grupo de terapia placebo e 10 pacientes para o grupo TOCE .O protocolo da TOCE consistiu em 2 sessões de tratamento por semana durante 3 semanas. O tratamento placebo foi realizado utilizando o mesmo dispositivo, porém com substituição do probe eficaz por um sem emissão de energia, mas que proporcionava um som e uma sensação de pulso durante o tratamento. A avaliação pré-tratamento e do seguimento foi realizada com o Índice Internacional de Função Erétil-5 (IIEF-5) e Escore de Rigidez Peniana (EHS) após 1, 3 e 12 meses. Ultra-sonografia Doppler do pênis com fármaco ereção foi realizada antes da terapia e após o tratamento (3 meses). RESULTADOS: Não houve diferença entre estes dois grupos no escore basal do IIEF-5 e EHS. No início do estudo, 1 e 3 meses após o último tratamento, o IIEF-5 no grupo TOCE foi de 10,9 ± 5,1, 15,6 ± 6,1 e 17,2 ± 5,7, respectivamente. O IIEF-5 no grupo placebo foi de 14,9 ± 3, 16,6 ± 5,4 e 16,5 ± 5, respectivamente. O comportamento entre os 2 grupos ao longo do tempo foi significativamente estatistico (p=0,0177). A melhora do escore IIEF-5 foi superior a 5 pontos em 70% (variou de 1-14) dos pacientes no grupo TOCE e em 10% (variou de 0-10) dos pacientes no grupo placebo, 3 meses após o tratamento. A análise após 12 meses foi realizada exclusivamente no grupo TOCE. A alteração média no IIEF-5 após 12 meses foi de 4,8 no grupo TOCE. A média do IIEF-5 após 12 meses foi de 15,7 ± 6,45, mostrando estabilidade da melhora inicial. No início do estudo, 1 e 3 meses após o último tratamento, o EHS no grupo TOCE foi de 2 ± 1,05, 2,5 ± 0,85 e 2,6 ± 0,84, respectivamente. O EHS no grupo placedo foi de 2 ± 0,67, 2,4 ± 0,7 e 2,4 ± 0,7, respectivamente. Percebemos um comportamento semelhante nos dois grupos (p=0,724). No grupo TOCE, notamos um EHS médio um pouco maior após 3 meses. Os parâmetros da ultra-sonografia doppler peniana não diferiram entre os grupos e não apresentaram melhoras significativas. CONCLUSÕES: A TOCE é um tratamento não farmacológico com eficácia clínica em homens transplantados renais com DE. Além do seu potencial de reabilitação, é viável e eficaz. Não verificamos impacto nos parâmetros do doppler peniano apesar do efeito da neoangiogênese do método |