Doença degenerativa dos discos intervertebrais de indivíduos adultos interfere na eficiência dos ciclos mastigatórios e amplitude dos movimentos mandibulares?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lopes, Claire Genoveze Gauch
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58138/tde-05122022-094307/
Resumo: A perda das funções dos discos intervertebrais é considerada uma doença degenerativa que pode acometer os sistemas do corpo humano, em especial as estruturas anatômicas orofaciais. O objetivo desse estudo foi avaliar a eficiência dos ciclos mastigatórios por meio do sinal eletromiográfico dos músculos masseteres e temporais, e amplitude dos movimentos mandibulares de indivíduos com degeneração dos discos intervertebrais. Foram avaliados 32 indivíduos distribuídos em dois grupos distintos: com degeneração dos discos intervertebrais (n=16) e sem degeneração, considerado controle (n=16). A eficiência dos ciclos mastigatórios por meio do sinal eletromiográfico dos músculos masseteres e temporais foi analisada durante a mastigação habitual de alimento macio (uva passa), alimento consistente (amendoim), e não habitual de material inerte (Parafilm M®) pela integral da envoltória linear. As amplitudes dos movimentos mandibulares (abertura máxima da boca, lateralidade direita, lateralidade esquerda e protrusão) foram mensuradas com paquímetro digital. Foi observada diferença significante entre os grupos (teste t de Student, p<0,05) na mastigação habitual com uva passa para os músculos masseter direto (p=0,003) e masseter esquerdo (p=0,005). O grupo com degeneração dos discos intervertebrais apresentou maior atividade eletromiográfica para os músculos masseteres e temporais. Na análise da amplitude dos movimentos mandibulares houve diferença significante na abertura máxima da boca (p=0,002). O grupo com degeneração dos discos intervertebrais apresentou menor amplitude dos movimentos mandibulares. Os autores deste estudo sugerem que indivíduos com degeneração dos discos intervertebrais apresentam eficiência mastigatória deficitária e menor amplitude dos movimentos mandibulares. Entender a relação entre o sistema estomatognático e degeneração de estruturas anatômicas da coluna vertebral é relevante para ciência da saúde principalmente quando se pensa em diagnóstico, prognóstico e tratamento orofacial.