Jogos de regra e processos de aprendizagem em crianças com paralisia cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Andreotti, Ana Luiza de Almeida Console
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-30072013-093239/
Resumo: O presente trabalho consiste numa pesquisa qualitativa sobre o processo de aprendizagem de crianças com paralisia cerebral, no que se refere às habilidades próprias do pensamento operatório. O objetivo foi verificar e analisar as dificuldades e progressos que esses sujeitos encontraram ao vivenciar uma metodologia de oficina de jogos fundamentada no construtivismo piagetiano. As pesquisas acadêmicas atuais privilegiam os estudos nos estádios sensório-motor e pré-operatório de crianças com PC e este panorama mobilizou o desejo pela investigação sobre o desenvolvimento de habilidades nocionais e procedimentais nessa população, tão caros à aprendizagem escolar. Para isso, elaboramos oficinas de jogos de regras, planejadas e desenvolvidas pela pesquisadora, ao longo de um semestre (19 encontros). As oficinas foram compostas por quatro sujeitos com paralisia cerebral, que cursavam o 3° e 4° ano do Ensino Fundamental, em salas especiais, de uma Escola Estadual na cidade de São Paulo. Esquemas presentativos e procedimentais foram estimulados por meio de partidas dos jogos QUARTO e Sudoku, assim como a proposta de desafios, enigmas e situações-problema. Os encontros semanais nas oficinas foram registrados em vídeo e junto com os registros escritos do diário de campo compuseram a base de dados dessa investigação, que são apresentados sob a forma de estudos de caso. Na análise, buscamos indicativos de aquisição de competências e desenvolvimento de habilidades de noções e procedimentos próprios do pensamento operatório, assim como a mobilidade do raciocínio desses sujeitos frente aos desafios provocados. Os resultados apontaram evolução dos alunos. Verificamos que o grupo pesquisado beneficiou-se da metodologia de oficina de jogos e tornou-se mais competente em habilidades fundamentais a questões da escola como raciocínio, argumentação, identificação, relação, seleção, atenção, antecipação, entre outros. Apontamos ainda, mudança na atitude dos alunos frente às trocas de experiência, na vontade de expor ideias próprias ao grupo, justificar decisões tomadas no jogo e ainda, iniciativa à inclusão desta proposta de oficina, com os colegas de classe. Considera-se esta pesquisa relevante no campo da aprendizagem e desenvolvimento de crianças com deficiências, sobretudo quanto ao tema do desenvolvimento do pensamento operatório e uso dos jogos de regras como instrumento de aprendizagem