Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1968 |
Autor(a) principal: |
Demattê, José Luiz Ioriatti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20231122-093023/
|
Resumo: |
O presente trabalho teve por finalidade o estudo morfológico, físico, químico e mineralógico da série Ibitiruna (RANZANi et al. 60), pertencente ao grande grupo Podzólico Vermelho Amarelo - variação Laras (COMISSÃO DE SOLOS, 12), unidade esta, largamente distribuída no Estado de São Paulo e no município de Piracicaba. Foram coletados, na área de ocorrência da série Ibitiruna, sete perfis de solos, designados por perfis P1, P2, P3, P4, P5, P6 e P7. As amostras dos horizontes foram colhidas a partir da superfície do solo até a rocha, sendo realizadas nestas camadas análises mecânica e química. A fração argila foi separada por sedimentação, sendo posteriormente, dividida em duas sub frações: 2 a 0.2 mícron e menor que 0.2 mícron, argila grossa e fina respectivamente. O material obtido nestas duas frações, sofreram determinações químicas(% de K2O e capacidade de troca de cátions) e determinações de raio-X (obtenção de difratogramas, com o auxílio do contador Geiger, e filmes, pelo método do pó). Através dêstes resultados, foi efetuado o reconhecimento dos minerais de argila assim como estimativa semi quantitativa. As análises químicas dos solos, indicam que há uma uniformidade entre os dados dos perfis P1, P2, P3 e P4. O teor de Ca++ e Mg++ apresentados por êstes solos é normalmente mais elevado do que o dos demais perfis estudados; o índice de saturação de bases apresenta valores superiores a 50% nos horizontes A, B e C, enquanto que, para os perfis restantes, êste índice é normalmente inferior a 50%. Os dados referentes a análise mecânica, revelam que os quatro primeiros perfis apresentam resultados uniformes, diferindo, porém, dos demais solos estudados. A variação média extrema do teor de limo dêsses perfis, nos horizontes B2 é de 9.70 ± 0.33 a 21.06 ± 0.50% contra 5.23 ± 0.06 a 6.97 ± 0.17% para os perfis P5, P6 e P7. Em relação ao conteúdo de argila, a variação média extrema do horizonte B2 é de 27.05 ± 0.89 a 34.95 ± 0.88% enquanto que, nos solos restantes, estas médias são de 14.89 ± 0.92 a 18.35 ± 0.59%. As características morfológicas dos horizontes iluviais, pertencentes aos perfis P1, P2, P3 e P4, são diferentes dos demais solos no que diz respeito à côr, ao grau de desenvolvimento da estrutura, ao grau da cerosidade, à consistência e à classe textural. Os valores do coeficiente de seleção e grau de assimetria dos perfis P5, P6 e P7 indicam que são solos de sedimentos "muito bem selecionados" e de origem diferente dos perfis restantes. A análise mineralógica das frações argila grossa e fina, referentes à natureza e à quantidade dos minerais de argila, indica, também neste caso, uma diferença marcante entre os perfis P1, P2, P3 e P4 e os perfis P5, P6 e P7. Nos quatro primeiros solos, o teor de ilita, na fração argila grossa é sempre maior do que 10%; sendo que, em certos horizontes, apresenta teores de 30% e mesmo 40%. Nos demais perfis, êste teor é sempre inferior a 10%. Quanto aos outros minerais de argila, não há diferença quanto a natureza dêstes nos sete perfis estudados. A caolinita é o mineral dominante nas duas frações de argila (grossa e fina), com teores sempre acima de 40%. A montmorilonita e os minerais de 14 Å normalmente ocorrem com valores inferiores a 10%. Através dos dados obtidos, foi possível separar os sete perfis em dois grupos de solos distintos. O primeiro, representado pelos perfis P1, P2, P3 e P4 que não se enquadram nas descrições da série Ibitiruna e nem nas de seu grande grupo correspondente, sendo classificado como Tipustalf ocrúltico. Por outro lado, os perfis P5, P6 e P7, que formam o segundo grupo, são os representantes modais da série Ibitiruna, classificado como Tipocrult psammentico. |