Desenvolvimento econômico e estabilidade democrática: uma análise comparada de novas democracias (1980-2022)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Gabriel Rufino Borges
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-23032023-165918/
Resumo: Baseada na literatura acadêmica, esta pesquisa avalia se o grau de estabilidade das novas democracias do leste europeu da terceira onda democrática, entre 1980 e 2022, está correlacionado com a evolução de suas rendas per capita ao longo do tempo e, portanto, com a evolução do padrão de vida alcançado por esses países no período. Dessa maneira, este estudo, tem como hipótese central o conceito de que à medida que o desenvolvimento econômico ocorra isso implique em democracias mais estáveis. A partir de modelos de regressão de efeitos fixos aplicados a um painel anual de países, estima-se a correlação entre o nível de estabilidade das democracias e a evolução da renda condicionada em vários outros determinantes, empregados como controles. A literatura sobre o tema gera as indicações de fatores relevantes associados com estabilidade democrática, além de uma breve discussão histórica sobre os países pós-soviéticos. Para os fins deste estudo, coleta-se dados anuais sobre as novas democracias pós-comunistas e latino americanas para o período de 1980 a 2022. Estas últimas economias à semelhança dos países da Europa Central e Oriental (ECE) também são democracias recentes, mas em contextos históricos muito diferentes, que operam como controles do passado institucional e cultural bastante diversos, que podem condicionar dinâmicas de condutas recentes. Com relação aos resultados, enfatiza-se que a correlação positiva entre renda e democracia sob regressões padrão, tais como pooling ou cross-sectional, não se sustenta com modelos de efeitos fixos. A estratégia de efeitos fixos remove o impacto de fatores fixos no tempo não observáveis e observáveis e não mensuráveis que estão omitidos na análise pooling ou cross-sectional. Portanto, as estimativas deste estudo sugerem que a renda per capita não é um determinante chave da estabilidade democrática e, possivelmente, algum outro fator omitido que explica o efeito encontrado em regressões sem efeitos invariantes no tempo ainda precisa ser identificado.