Influência da sutura-U e de Kessler-Tajima associadas à proteína F1 sobre o reparo do tendão calcâneo. Estudo ultraestrutural, bioquímico e funcional.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cury, Diego Pulzatto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42131/tde-16042018-100138/
Resumo: Tendões são descritos como tecido conjuntivo denso modelado que inserem os músculos aos ossos. Sua principal função é servir como tecido de transição das forças contráteis geradas pelos músculos aos ossos, podendo assim gerar movimentos. Entre todos os tendões, o calcâneo é um dos mais frequentemente lesados. As lesões ocorrem principalmente em homens e são mais frequentes entre a terceira e quarta década de vida. Dentre os vários métodos de sutura existentes, do ponto de vista clínico, a de Kessler-Tajima com os nós entre os cotos é muito utilizada por evitar o estrangulamento da microcirculação. Após a cirurgia o paciente retorna ao trabalho após 85 dias, em média, podendo atingir até 270 dias. O objetivo do presente estudo foi testar a eficiência da aplicação da proteína biocompatível F1, uma proteína extraída a partir do látex natural da Hevea brasiliensis, sobre tendões lesados, buscando uma melhora no reparo, assim como, a influência da sutura-U e de Kessler-Tajima. Alterações musculares decorrentes da lesão no tendão também foram avaliadas. Para isso, utilizamos ratos Sprague Dawley machos de 3 meses, que foram submetidos a tenotomia completa, a lesão foi corrigida com ambas as suturas, seguido da aplicação da proteína e avaliados após duas e quatro semanas. As técnicas utilizadas para análises no tendão foram as de microscopia de luz, microscopia eletrônica de varredura e transmissão, bem como, a síntese de colágeno tipos I e III, TIMP-1 e 2, MMP-2 e 9 por western blot. Para analisar as alterações musculares, a expressão dos genes MuRF1 e Atrogin1 foram quantificadas por RT-qPCR, seguido de análises de contração muscular máxima e teste de fadiga. Os resultados sugerem uma melhora no reparo do tendão no grupo que utilizamos a sutura-U associada à proteína após quatro semanas, devido ao aumento na síntese de colágeno tipo I e a diminuição de MMP-9, assim como, a capacidade de contração muscular máxima retorna aos níveis do grupo controle. A sutura-U também influencia menos na fadiga muscular.