Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Castro, Letícia Spitaletti Rosa de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-16052024-122208/
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Resumo: |
Introdução: Os fisioterapeutas intensivistas estão expostos a situações que podem causar sobrecarga física e mental, o que pode levar ao aparecimento de queixas musculoesqueléticas relacionadas com o trabalho. Objetivos: O objetivo foi analisar as queixas musculoesqueléticas em fisioterapeutas de unidades de terapia intensiva (UTI) e a influência da COVID-19 sobre essas queixas, identificando atividades de maior sobrecarga, fatores associados às queixas, e estratégias de manejo e prevenção. Métodos: Um estudo transversal foi realizado através do preenchimento de um questionário eletrônico auto administrado em 125 fisioterapeutas de UTI de um hospital terciário. Foram coletados dados sociodemográficos, de fatores ocupacionais e queixas musculoesqueléticas relacionados ao trabalho e aplicado o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. O período de coleta foi dividido em: período pré-pandemia de julho de 2018 a março de 2020 (n=80); período de isolamento de março de 2020 a janeiro de 2021 (n=0); e período pandemia de janeiro de 2021 à janeiro de 2022 (n=45). Os dados dos fisioterapeutas com presença de queixas e ausência de queixas foram comparados através do teste qui-quadrado. Um modelo de regressão logística foi utilizado para avaliar os efeitos de associação de variáveis independentes sobre a presença de queixas. Resultados: Dos 125 fisioterapeutas entrevistados, 76% (n=95) apresentaram no último ano queixa musculoesquelética relacionado ao trabalho, sendo a região lombar o segmento mais acometido. Oitenta por cento dos indivíduos apresentaram queixa em mais de um local. Transferência de pacientes foi considerada a atividade de maior sobrecarga. Sexo, prática de atividade física, adequação da ventilação e adequação do mobiliário foram considerados fatores associados a presença de queixas. Sexo feminino (p=0.023), não prática de atividade física (p=0.028), ventilação não adequada (p=0.001) e mobiliário não adequado (p=0.006) apresentaram efeito de associação estatisticamente significativo com a presença de queixas. A ventilação não adequada (p=0.003) e o sexo feminino (p=0.004) influenciaram o número de áreas afetadas. Atividade física foi considerada a principal estratégia para prevenção. A COVID-19 trouxe um aumento na demanda de trabalho, entretanto, a presença de queixas se manteve praticamente a mesma comparada com os dados coletados pré-pandemia. Conclusão: Profissionais de fisioterapia em UTIs apresentam alta prevalência de queixas musculoesqueléticas, principalmente na região inferior das costas, com prevalência expressiva em mais de dois locais do corpo. A alta prevalência de queixas relacionadas ao trabalho dos fisioterapeutas de UTI sugere que estratégias e mudanças na dinâmica laboral sejam realizadas |