Retorno ao trabalho: a vivência dos trabalhadores de enfermagem com distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Silmar Maria da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-16052012-111446/
Resumo: O trabalhador de enfermagem que retorna ao trabalho após afastamento por Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) experiencia várias modificações em si e em seu entorno, devido a presença de restrições de atividades ou pela reintegração em setores e em funções diferentes das exercidas anteriormente. Esta situação pode representar um recomeço ou acarretar em novos adoecimentos, piora ou recidiva do quadro patológico, que podem comprometer não apenas as relações no trabalho, como a autoestima e a perspectiva de um trabalho saudável. O presente estudo objetivou compreender a vivência do trabalhador de enfermagem que retorna ao trabalho após afastamento por DORT, por meio da pesquisa qualitativa fenomenológica. Foram realizadas entrevistas com seis trabalhadoras de enfermagem, sendo quatro auxiliares de enfermagem, uma técnica de enfermagem e uma enfermeira. Para desvelar o fenômeno retornar ao trabalho após afastamento por DORT, foi realizado a seguinte questão norteadora: Como está sendo para você retornar ao trabalho após o período de afastamento? A análise dos discursos pautou-se no referencial filosófico de Martin Heidegger, onde emergiram as seguintes Unificações Ontológicas: Ser-aí retornando ao trabalho após afastamento por DORT; Experienciando a Solicitude e o Descuidado no retorno ao trabalho após afastamento por DORT; A Angústia do retorno ao trabalho após afastamento por DORT e O poder-ser próprio da trabalhadora de enfermagem que retorna ao trabalho após afastamento por DORT. Os resultados desvelaram o mundo-vida das trabalhadoras de enfermagem, marcado por dor crônica, limitações e ausência de política institucional para esse processo. O fenômeno desvelado aponta para a necessidade de novos olhares sobre a problemática do retorno ao trabalho e um repensar estratégias locais e políticas institucionais que permitam um retorno salutar ao trabalho