Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Santos, Fransley Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-13012011-161707/
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Resumo: |
O tabagismo vem sendo considerado um grave problema de saúde pública pela OMS visto que milhares de pessoas morrem anualmente vítimas de doenças relacionadas ao tabaco. O objetivo desta pesquisa foi analisar o padrão do consumo do tabaco entre os acadêmicos da área de saúde da Universidade de São Paulo Campus de Ribeirão Preto no ano letivo de 2009. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, modelo inquérito, com uma abordagem metodológica quantitativa. Participaram 745 alunos de três cursos da área de saúde: Medicina, Enfermagem Bacharelado e Enfermagem Licenciatura de ambos os sexos. Foi utilizado um questionário baseado no questionário adotado pelo INCA para avaliação do tabagismo e o Teste de Fagerström para Dependência Nicotínica utilizado para medir o grau de Dependência Nicotínica. A prevalência de fumantes foi de 57 indivíduos (7,7%). Os homens constituíram a maior parte dos fumantes (52,6%) enquanto as mulheres ficaram um pouco abaixo (47,4%). A média de idade foi de 21,9 para fumantes e de 20,8 anos para os não fumantes. A idade de experimentação do cigarro concentrou-se na faixa dos 11 aos 17 anos. Os amigos foram os maiores influenciadores na experimentação do tabaco (78,2%), seguido do cinema/TV (10,2%) e fumo dos pais (6,1%). A maioria dos entrevistados (61,8%) declarou que o pai e/ou mãe fumam ou já fumaram. Em relação à renda familiar, a maioria (48,5%) ficou acima dos seis salários mínimos vigentes à época da pesquisa. A religião mostrou-se como um fator de proteção ao vício do tabaco, pois 16,1% dos tabagistas não possuíam religião. Grande parte dos entrevistados (79,9%) acredita que pode exercer alguma influência no paciente na cessação do hábito de fumar bem como revelam-se um modelo de comportamento para seu paciente (65%). Nesse sentido, a maioria (55,7%) também acredita que os profissionais que fumam são menos propensos a aconselhar seus pacientes a parar de fumar. O desejo de parar de fumar foi manifestado por 63,2% dos fumantes e a Dependência Nicotínica avaliada ficou como Baixa ou Muito Baixa na maioria dos tabagistas. A experimentação de outros produtos do tabaco foi observada em 58,3% de toda a amostra e 86% dos fumantes declararam já ter experimentado a maconha. Entre os não fumantes esse número foi de 22,8%. Na comparação com a prevalência encontrada em 1986 houve uma queda acentuada de 14,2% neste ano para 7,7% em 2009. A tendência de declínio da prevalência de fumantes nos estudantes da área de saúde parece seguir os mesmos caminhos da sociedade em geral, mas esse percentual ainda é muito alto especialmente por tratar-se de estudantes da saúde. Espera-se que este estudo viabilize uma discussão por setores da sociedade e acadêmicos em geral para propor medidas preventivas e de controle do tabagismo entre universitários, sobretudo nos estudantes da área de saúde. |