Prevalência, conhecimento básico e fatores associados ao tabagismo em universitários da área da saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Dias, Danilo Augusto Ferrari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194114
Resumo: Introdução: O tabagismo é uma doença epidêmica caracterizada pela dependência física, psicológica e comportamental. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o tabagismo é a principal causa de morte evitável e atribui ao tabaco 12% de todas as mortes mundiais de adultos com idade ≥ 30 anos, portanto, esforços devem ser realizados para combater o tabagismo, e nesse processo os profissionais da saúde tem papel fundamental, principalmente na prevenção de doenças. Objetivo: Determinar a prevalência, identificar os fatores associados e conhecimentos básicos sobre o tabagismo entre uma comunidade universitária da área de saúde. Método: Estudo transversal com abordagem quantitativa descritivo realizado na Faculdade de Medicina de Botucatu, SP (FMB) UNESP. Para coleta de dados foi utilizado um questionário semiestruturado com questões sobre características sociodemográficas e história tabágica dos entrevistados. Participaram do estudo 204 discentes dos cursos de graduação em enfermagem e medicina, entre os meses de maio a outubro de 2019. Resultados: Os participantes do estudo tinham a idade igual ou superior a 18 anos. A maioria (53%) eram alunos do curso de medicina, com o predomínio do sexo feminino (69%). A prevalência de tabagistas autodeclarada foi 5%, entretanto, 73% dos entrevistados afirmaram em suas falas que já haviam experimentado algum tipo de cigarro. Ao serem questionado sobre o que é tabagismo, 46% relataram ser um hábito. Em relação a substância que causa dependência, 99% responderam que é a nicotina. Quanto a afirmação de os profissionais da saúde terem o dever de aconselhar os pacientes sobre o risco do tabagismo rotineiramente, 97% concordaram com tal afirmação e 68% relataram não estarem preparados para esse aconselhamento. 76% dos entrevistados consideram os profissionais de saúde como modelo de conduta com relação ao tabagismo para os pacientes e o público em geral. O conhecimento sobre a existência de serviço ou programa que tratava do tabagismo na sua cidade de origem foi relatado por somente 16% deles. Em relação ao uso dos derivados do tabaco, 73% já teve contato com mais de um produto, com predomínio do cigarro convencional (62%). Em relação ao local onde fazem uso do tabaco, 55% afirmaram ser em casa dos amigos e 33% em locais públicos. 63% destes afirmaram que preferem fazer uso de produtos derivados do tabaco com os amigos. Conclusão: O tabagismo está presente na vida dos universitários de maneira velada, pois a maioria não se reconhece como tabagista. Portanto, destaca-se a importância de se discutir o tema precocemente e durante toda a formação acadêmica.