Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Denise Maximo Lellis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-24022016-122335/
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Resumo: |
Introdução: Este estudo trata da percepção materna sobre o estado nutricional do filho e da autopercepção do estado nutricional de crianças e adolescentes. Há evidências de que as mães apresentam dificuldade em reconhecer adequadamente o estado nutricional do filho, especialmente nos casos de excesso de peso. Crianças e adolescentes também não percebem adequadamente o próprio estado nutricional. A prevenção do excesso de peso, bem como de transtornos alimentares, requer percepção precoce e adequada abordagem dessas condições. A não percepção do real estado nutricional de crianças e adolescentes por suas mães e por elas mesmas representa um importante obstáculo para a busca de assistência profissional. São poucos os estudos que abordam esta temática na no país. Objetivos Principais: Descrever a adequação do reconhecimento do estado nutricional de crianças e adolescentes por eles mesmos e por seus cuidadores principais. Objetivos Secundários: Analisar fatores que interfiram na percepção do estado nutricional das crianças e adolescentes por eles mesmos e por seus cuidadores. Método: estudo transversal analítico realizado no pronto atendimento do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo de março de 2009 a abril de 2010. Foram incluídas 1.001 crianças de dois a 14 anos e seu cuidador principal. Foi aplicado questionário que avaliou, através de descritores verbais, a autopercepção nutricional da criança ou adolescente e a percepção materna sobre o estado nutricional do filho. As crianças e seus cuidadores principais tiveram peso e estatura aferidos. Foi analisada a concordância entre o estado nutricional real da criança e as classificações mencionadas pela mãe e pela própria criança ou adolescente através do coeficiente Kappa. Foram avaliados, através de análise multivariada, fatores associados a erro na autopercepção e percepção materna sobre o estado nutricional da criança ou adolescente. Resultados: A concordância entre a percepção materna e da autopercepção nutricional da criança com o estado nutricional real da criança é pobre (Kappa ponderado 0,236 e 0,295 respectivamente). 50,9% das mães acertaram a classificação nutricional do filho. O gênero (OR1,59 1, IC17-2,01 p=0,008) e a idade (OR 1,01, IC1,00-1,01 p < 0,001) da criança influenciaram no acerto de classificação da mãe. Mães que se autoclassificaram como \"peso alto\" acertaram mais o estado nutricional das crianças (OR1,54 IC 1,10-2,15, p=0,011) e mães de crianças com sobrepeso (OR0,17, IC0,11-0,25, p < 0,001) e obesidade (OR 0,28, IC 0,18-0,44, p < 0,001) apresentaram pior percepção do correto estado nutricional do filho. As mães subestimaram mais o estado nutricional dos meninos e superestimaram nas meninas. Mães que apresentavam sobrepeso (p=0,025) ou obesidade (p=0,010) subestimaram mais o estado nutricional dos filhos e mães de crianças com sobrepeso (p < 0,001) e obesidade (p < 0,001) também subestimaram mais o estado nutricional das crianças. A autopercepção nutricional foi correta em 49% das crianças. Das que erraram a maioria (58%) subestimou. O gênero (OR 1,60, IC1,13-2,26 p < 0,007) e a idade (OR 1,01 CI 1,10-1,02, p < 0,001) da criança influenciaram na autopercepção nutricional das mesmas. Crianças com sobrepeso apresentaram menor chance de perceber adequadamente o próprio estado nutricional (OR 0,38, IC 0,23-0,63, p < 0,001). As meninas tendem a superestimar o próprio estado nutricional e os meninos tendem a subestimar (p=0,027). Conclusão: a percepção materna sobre o estado nutricional da criança e adolescente é frequentemente incorreta. Tanto mães quanto crianças tendem a superestimar o estado nutricional nas meninas e subestimar nos meninos. Os resultados evidenciam a importância da avaliação da percepção nutricional da criança e auxílio às famílias para que reconheçam o real estado nutricional do filho, buscando uma efetiva ação preventiva, já que a detecção precoce é o primeiro passo para a prevenção ou recuperação do excesso de peso e para a prevenção de transtornos alimentares |