Autopercepção da imagem e satisfação corporal e estado nutricional de adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Justino, Maraísa Isabela Coelho
Orientador(a): Enes, Carla Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16342
Resumo: A autopercepção corporal envolve emoções, pensamentos e padrões de beleza impostos pela sociedade e difundidos pela mídia e redes sociais. Grande parte dos adolescentes aponta que a sua imagem corporal é importante para autoaceitação. Dessa forma, a presente pesquisa visou relacionar a autopercepção da imagem e satisfação corporal de adolescentes com a maturação sexual, indicadores antropométricos e fatores socioeconômicos. Trata-se de um estudo transversal realizado em três unidades de uma Organização Não-Governamental no município de Campinas-SP. A amostra foi composta por 200 adolescentes de 10 a 18 anos, de ambos os sexos. Foram coletados dados sociodemográficos como idade, sexo, etnia e condições socioeconômicas. A avaliação da autopercepção corporal ocorreu por escala de silhuetas em que os adolescentes escolhiam as figuras que representavam “EU”, “SAUDÁVEL” e “IDEAL”. Avaliou-se a satisfação corporal por áreas corporais e os adolescentes foram categorizados em “satisfeitos” e “insatisfeitos”. O Estado Nutricional foi classificado a partir do Índice de Massa Corporal conforme as curvas da Organização Mundial de Saúde. A obesidade abdominal foi avaliada pela Circunferência de Cintura (CC) e a Relação Cintura/Estatura (RCEst). A avaliação da maturação sexual foi realizada pela autoclassificação usando figuras relativas aos diferentes estágios. A maioria dos participantes era do sexo feminino (56,0%), se autodeclarava parda e pertencia ao estrato socioeconômico C2. O excesso de peso (sobrepeso+obesidade) estava presente em 64,5% dos adolescentes, porém 78,5% não apresentaram risco cardiovascular. Grande parte dos adolescentes escolheram as silhuetas proporcionais como sendo a sua imagem real. Entretanto, um terço dos meninos desejava ter silhuetas mais largas e a mesma proporção de meninas desejava ter silhuetas extremamente finas. Identificou-se distorção da autoimagem corporal quando comparado ao estado nutricional real em ambos os sexos. A insatisfação corporal manifestada pelo desejo de alterar a forma corporal esteve associada ao estado nutricional e à relação cintura/estatura. Aproximadamente 80,0% dos meninos estavam satisfeitos com seu corpo de modo geral (por áreas corporais) e 72,7% das meninas estavam insatisfeitas com seu corpo. Os obesos e com RCEst de risco apresentaram mais chance de desejar perder peso. Os resultados da pesquisa revelaram distorção da autoimagem e insatisfação corporal entre os adolescentes. As variáveis que mostraram associação com a insatisfação corporal foram a RCEst e estrato socioeconômico. Dessa forma, medidas que incentivem a autoaceitação e previnam o avanço das doenças crônicas podem beneficiar à saúde da população jovem.