Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Ferrari, Marian Ávila de Lima e Dias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-15012008-163358/
|
Resumo: |
Esta pesquisa busca identificar preconceitos veiculados na publicidade através de estereótipos e incorporados aos modos de subjetivação na adolescência tendo como fundamentação o processo de produção de identidade concebido pela psicanálise bem como as produções de Adorno e Horkheimer a respeito da indústria cultural. A coleta dos depoimentos realizou-se com o método da observação participante. Ocorreram encontros individuais com seis adolescentes de ambos os sexos com idades entre 12 e 17 anos nos quais discutimos gravações realizadas por eles em vídeo cassete de peças publicitárias. Analiso neste trabalho três encontros com os adolescentes e duas peças publicitárias. Constato que a presença de atores com diferenças significativas ocorreu em 10 das 72 peças gravadas pelos adolescentes e que esta deu-se apenas com a aparição de atores afro descendentes e uma atriz oriental. Esta presença ainda se dá predominantemente de forma estigmatizada (em sete dos 10 comerciais) seguida pela negação através da simulação (em quatro destes) contribuindo para a estereotipia e a perpetuação do preconceito contra os grupos desviantes. Com relação à recepção de tais peças publicitárias pelos adolescentes, cinco participantes não se deram conta da veiculação de estereótipos, concordando com o preconceito ali presente o que aponta para uma fragilidade egóica com traços narcísicos de personalidade. Constato também a oscilação de opinião entre alguns dos adolescentes do grupo estudado, uma vez que num mesmo depoimento dois deles expressaram ora discordância, ora concordância com situações e personagens estereotipadas por eles registradas levando à conclusão de que embora haja a introjeção do preconceito através da incorporação de estereótipos tidos como verdadeiros, em alguns momentos há também o espaço para a reflexão e a crítica por parte de alguns destes adolescentes apontando para um processo de produção de identidade através da singularização. |