A hora H: o imaginário coletivo de profissionais da saúde mental sobre a adolescência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pontes, Mariana Leme da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15986
Resumo: O objetivo desse estudo é investigar psicanaliticamente o imaginário coletivo de profissionais da área da saúde mental sobre o adolescente contemporâneo. Justifica-se, à luz da observação de certa inquietação por parte de profissionais de saúde mental, diante do encaminhamento compulsório de adolescentes por medida judicial para tratamento em equipamentos de internação psiquiátrica. Foram realizadas doze entrevistas individuais com técnicos de enfermagem, organizadas ao redor do uso do Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema, nas quais convidamos os participantes a desenharem um adolescente dos dias de hoje , para em seguida escreverem uma história sobre a figura desenhada. As produções foram consideradas a partir do método psicanalítico, operado em busca da captação de campos psicológicos de sentido afetivoemocional. Como resultado dessa investigação, captamos um campo psicológico inconsciente, denominado a hora h , regido pela crença/temor de que a adolescência é o momento em que a pessoa adquire poder e o concretiza, invariavelmente, em atos destrutivos, assumindo um modo de ser que coincide, basicamente, com o que se descreve na literatura como tendência antissocial. A análise do material suscita reflexões teórico-clínicas sobre as condições que favorecem esta patologização/criminalização, de feição nitidamente preconceituosa, sobre a adolescência contemporânea.