Impacto das capacitações teórico-práticas no reconhecimento da endemia oculta de hanseníase nos municípios de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santana, Jaci Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-24082020-103453/
Resumo: A hanseníase é uma doença infecciosa, de período de incubação longo, 3 a 5 anos, causado pelo Mycobacterium leprae, que atinge principalmente a pele e os nervos periféricos tendo elevado potencial incapacitante. Em 2018 foram registrados 208.619 casos no mundo. A Índia ainda é o país mais afetado com 120.334 casos novos seguido pelo Brasil com 28.660 casos. Os coeficientes de detecção geral são mais elevados na região centro-oeste e norte. A região nordeste ocupa o 3º lugar na detecção geral em menores de 15 anos. Pernambuco está classificado quanto a endemicidade como muito alto na detecção geral (2.338 casos novos) e muito alto (6,77) em menores de 15 anos. O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico e pobre em exames complementares. Sendo assim imprescindível a necessidade do treinamento dos profissionais que atuam na vigilância em saúde, na atenção básica e demais níveis de atenção no que se refere às diretrizes para vigilância, à assistência e à eliminação da hanseníase como problema de saúde pública. O objetivo dessa pesquisa é analisar a eficácia destes treinamentos, comparando os dados epidemiológicos dos municípios e do estado como um todo antes e após as capacitações. Os municípios participantes não silenciosos apresentaram uma média de 5 diagnósticos por profissional capacitado, enquanto os que eram silenciosos tiveram uma média de 7 diagnósticos por profissional capacitado. No diagnóstico em menores de 15 anos os números de casos novos nesta faixa etária não refletiram benefícios destas capacitações na atenção primária. O diagnóstico nesta faixa etária requer expertise sendo muitas vezes difícil até mesmo para os especialistas. Ainda existe um diagnóstico tardio da doença. Observamos um aumento na média dos números de casos novos com GIF 2 nas macrorregiões III e IV nos municípios que enviaram profissionais para capacitação. Na avaliação de contatos o estado de Pernambuco mantém-se estável em sua linha de tendência em precário, aproximadamente 70%.