Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Carloni, Maria Emilia Oliveira Gomes [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/134290
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Resumo: |
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, que acomete preferencialmente pele e nervos periféricos, com um grande potencial para desenvolver incapacidades físicas. A redução da transmissibilidade e do número de doentes com lesões incapacitantes depende do incremento do diagnóstico precoce da doença. Os objetivos do presente trabalho foram conhecer as principais características epidemiológicas de indivíduos notificados com hanseníase, no período de 2013 a 2014, e o conhecimento e atuação do cirurgião-dentista no controle da endemia, no município de Cuiabá-MT. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, dividido em duas etapas, que incluem: análise de 434 Ficha Individual de Notificação/Investigação de Hanseniase, inquérito com 242 cirurgiões-dentistas (CD’s) atuantes no Sistema Único de Saúde (SUS) de Cuiabá, para analisar o conhecimento sobre a forma de contágio, características clínicas e tratamento; além das experiências em relação a suspeita diagnóstica e encaminhamento de casos. A análise de dados foi realizada através do ProgramStatisticalPackage for Social Sciense (SPSS) versão 21.0 e da análise bivariada utilizando o teste qui-quadrado e nível de significância de 5%. Do total de 434 Fichas de Investigação avaliadas a maior parte era do sexo feminino (52,5%), com idade acima de 60 anos (26,3%), pardos (48,4%), com ensino fundamental incompleto (32,7%). A forma clínica e classe operacional mais prevalentes foram dimorfa e multibacilar esta última mais frequente no sexo feminino. Quanto ao estudo dos CD’s os resultados mostraram a predominância do sexo feminino (65,7%), idade entre 30 e 39 anos (43%) e profissionais com 6 a 10 anos de formados (23,6%). No tocante ao tempo de trabalho no SUS, o maior percentual (28,1%) apresentava mais de 10 anos de trabalho. Quanto ao conhecimento sobre a doença, 30,6% não sabiam a eficácia do tratamento da hanseníase, 47% não tinham conhecimento que a doença era de notificação compulsória e apenas 8,3% obtiveram informações sobre a hanseníase no trabalho. Conclui-se que houve maior acometimento da doença no sexo feminino, na população adulta e em indivíduos de baixa escolaridade. A prevalência da hanseníase multibacilar, bem como de incapacidades refletem a detecção tardia da doença, tratamento inadequado e conhecimento deficiente dos profissionais de saúde. Entre os cirurgiões-dentistas a falta de informação em relação à hanseníase está levando a uma contribuição tímida no incremento do diagnóstico da doença, com práticas isoladas de atenção. |