Efeito da suplementação dietética com ácido graxo ômega-3 na resposta adaptativa muscular ao treinamento resistido em idosas sarcopênicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Alves, Natália Maira da Cruz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-12072022-145247/
Resumo: INTRODUÇÃO: Tanto o envelhecimento quanto os múltiplos fatores associados a ele podem contribuir para o desenvolvimento da sarcopenia. Esses fatores incluem a redução do nível de atividade física, ingestão alimentar inadequada e aumento da resposta inflamatória, caracterizado por alterações nos níveis de citocinas. OBJETIVO: Investigar o efeito da suplementação de óleo de peixe na resposta adaptativa muscular a 14 semanas de treinamento físico resistido em mulheres idosas sarcopênicas. DESENHO: Ensaio randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. INTERVENÇÃO: Os participantes foram alocados em dois grupos experimentais: Exercício e Óleo de Peixe (EOP) e Exercício e Placebo (EP). Os dois grupos realizaram um programa de exercícios resistidos durante 14 semanas, com três sessões supervisionadas por semana. Todos os participantes foram orientados a ingerir duas cápsulas de 1g de suplemento alimentar no almoço e no jantar (4g / dia no total); o grupo EP recebeu cápsulas de óleo de girassol (placebo) e o grupo EOP, cápsulas de óleo de peixe (ácido graxo eicosapentaenoico - EPA 440mg e docosahexaenóico - DHA 220mg). MÉTODOS: Pré e pós-intervenção, a AST do músculo quadríceps foi calculada por meio de ressonância magnética (RM). O pico de torque e a potência dos membros inferiores foram medidos por meio da dinamometria isocinética. O desempenho físico foi avaliado pelo teste de caminhada de seis minutos. As citocinas inflamatórias foram medidas usando um ensaio multiplex. PARTICIPANTES: Mulheres com 65 anos ou mais, classificadas como sarcopênicas de acordo com os critérios do Consenso Europeu de Sarcopenia 2010 (EWGSOP). RESULTADOS: Ambos os grupos mostraram melhorias na AST e força após a intervenção. As alterações no grupo EOP foram significativamente maiores em comparação com o grupo EP, tanto para força muscular (pico de torque) (19,46NM; 32,55% e 5,74NM; 8,98% respectivamente, p <0,001), e qualidade muscular (2,15NM/ cm2; 12,31% e 0,78NM/cm2; 4,22%, respectivamente, p = 0,004). A AST aumentou após a intervenção em ambos os grupos (p = 0,006). No grupo EOP o incremento foi de 6,06% e no grupo EP 2,71%, porém não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p = 0,23). CONCLUSÃO: O uso da suplementação de óleo de peixe concomitante ao treinamento resistido potencializa a resposta neuromuscular ao estímulo anabólico proveniente do treinamento, aumentando a força muscular e a performance física em idosas sarcopênicas.