Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Silva, Antonio Marcos Moreira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-28012011-092444/
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Resumo: |
O tema da identidade promoveu muitas pesquisas sobre a obra de Machado de Assis. Tal tema está ancorado numa questão ontológica. Buscando evitar essa questão, a noção de devir nos permitiu uma mudança de perspectiva. A vontade de saber sobre a personagem Capitu, presente em muitos teóricos, pareceu-nos um sintoma do privilégio da ontologia em relação à reflexão sobre a alteridade. Pensamos que essa vontade de saber é uma forma específica para assimilar o outro. A narrativa de Casmurro pretende dar uma identidade a Capitu, contrapondo, de forma binária, uma verdadeira Capitu a outra dissimulada. Em função disso, constrói uma lógica causal comprometida com a preocupação ontológica. Impotente diante da alteridade do outro, a consciência do narrador se ressente. Acreditamos que ele escreve como meio de lidar com o ressentimento na sua experiência do passado. Essa escrita, que também lhe escapa como a alteridade do outro, pode proporcionar uma ruptura com a moral do ressentimento, projetando no porvir uma expectativa de modificação. Para tal, recorremos à teoria de Jacques Derrida a fim de demonstrar o devir da escrita no romance Dom Casmurro de Machado de Assis e seu poder transformador. |