Comportamento varietal, mecanismo e herdabilidade da resistência da cana-de-açúcar ao ataque da Diatraea saccharalis (Fabr., 1794)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1978
Autor(a) principal: Macedo, Newton de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20210104-201332/
Resumo: Este trabalho objetivou conhecer: o comportamento relativo das principais variedades de cana-de-açúcar cultivadas na Região Centro-Sul do Brasil, quanto à susceptibilidade à Diatraea saccharalis (Fabr., 1794); os possíveis mecanismos de resistência apresentados por estas variedades; e, a herdabilidade da resistência presente nelas. Foram montados dois experimentos: - o primeiro, instalado nas Usinas Bom Jesus, Santa Elisa, Bandeirantes e Estação Experimental do PLANALSUCAR em Araras, nos anos de 1973, 1974 e 1975, onde entraram as variedades: CB 41-76, CB 45-155, CB 47-355, CB 49-260, CB 53-98, CB 56-156, CB 56-171, CB 61-80, IAC 50-134, IAC 52-150, IAC 51-205, IAC 52-326, Co 775, Co 740, NA 56-62* e CP 51-22; - o segundo, instalado na Estação Experimental do PLANALSUCAR em Araras, contou com 35 progênies de cada uma das variedades: CB 49-260, Co 740, Co 775, CP 51-22, IAC 50-134, NA 56-62, IAC 51-205, e desenvolveu-se nos anos de 1976 a 1977. Encontrou-se que: 1. -Os efeitos gerais de variedades se sobrepuseram as influências de ano, local e época de levantamento, o que permitiu admitir que existe um certo grau de resistência Diatraea saccharalis em algumas das variedades estudadas; 2. As variedades CB 45-155, IAC 50-134 e CB 56-156 foram as menos infestadas; a Co 775 e a CB 47-355, embora em posição inferior às anteriores, mostraram-se relativamente pouco atacadas; a CB 41-76 mostrou-se relativamente, bastante infestada, e as variedades NA 56-62, IAC 52-326, IAC 52-150 e CP 51-22 foram as mais susceptíveis. As demais variedades situaram-se como intermediárias; 3. Foi possível identificar como mecanismos de resistência, presentes nas variedades estudadas, envolvidos direta ou indiretamente, caracteres morfológicos (tendência para as variedades de fácil despalha serem mais infestadas; as variedades de internódios em forma de carretel serem menos infestadas), fisiológicos (tendência para as variedades de maturação precoce serem mais infestadas) e nutricionais (infestações mais altas em solo PVLs, correlacionadas positivamente com elevado teor de cálcio nas plantas); 4. O comportamento dos progenitores foi ratificado pelo comportamento das progênies, indicando que os caracteres que induziram maior ou menor resistência nas variedades estudadas, são herdáveis, assegurando a possibilidade de se encontrar fontes de resistência à D. saccharalis entre clones agronomicamente bons ou, até mesmo , entre variedades comerciais no Brasil. (*) Variedade identificada atualmente como NA 56-79.