Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Leopoldo, Eudes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-22022019-172326/
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Resumo: |
A virada do século significou a consolidação de uma nova era do capitalismo contemporâneo. Trata-se do momento crítico em que a simultaneidade entre o metropolitano e o financeiro atinge um elevado nível de centralidade na produção do espaço, constituindo a época metropolitano-financeira, que já estava num processo de desenvolvimento desigual desde a década de 1970. Essa implosão-explosão da metrópole no território brasileiro anuncia seus passos iniciais com a criação das primeiras regiões metropolitanas e a inauguração de formas imobiliárias metropolitanas, como os loteamentos fechados. O produto imobiliário Alphaville origina-se nesse movimento, reproduzindo uma atmosfera de vida metropolitana e sintetizando as metamorfoses em todos os sentidos e dimensões constituídas a partir da transição da economia urbano-industrial à economia metropolitano-financeira. Em meados da década de 1990, com a incorporação do Brasil ao neoliberalismo, o desenvolvimento da regionalização metropolitana e a emergência de mecanismos financeiros relacionados ao mercado imobiliário, a difusão do produto imobiliário Alphaville se realiza pelo processo de financeirização imobiliária. No século XXI, a metropolização regional ganha intensidade e complexidade no território brasileiro e fundamenta cada vez mais as estratégias imobiliárias da Alphaville Urbanismo S.A., que passa a ser comandada por uma incorporadora de capital aberto e, em seguida, por um grande fundo global de private equity, sinalizando o aprofundamento do processo de financeirização imobiliária da produção do loteamento fechado. Constituído a partir da metamorfose da terra agrária em terra urbana e metropolitana, o loteamento fechado Alphaville permite a captura de elevados ganhos, especialmente da renda imobiliária. No movimento de realização do produto imobiliário Alphaville como espaço-mercadoria e como ativo financeiro, na contradição entre o público e o privado, é que se explicitam as novas determinações do desenvolvimento regional desigual da acumulação do capital, ao mesmo tempo em que se transita pelo terreno pantanoso dos conceitos em metamorfose e de novas ideias e perspectivas na passagem de um pensamento sobre a cidade e o urbano para um pensamento sobre a metrópole e o metropolitano. Assim, a região, iluminada por uma perspectiva crítica e esclarecida, se situa como uma categoria chave para o desvendamento da nova dialética do espaço. A região metropolitana, um espaço negativo e instrumental por excelência, se constitui como um momento do processo de totalização da reprodução do espaço metropolitano, inclusive em outros níveis, como no da metrópole-região e da megalópole. Nesses termos, o caminho para uma transformação radical da produção do espaço passa necessariamente por uma revolução histórica e geográfica do metropolitano, do financeiro e do regional. |