Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Tinoco, Alexandre de Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-10092020-215154/
|
Resumo: |
A produção do espaço na sociedade contemporânea resulta da interação entre diversas condicionantes históricas e novos processos que operam uma ruptura entre o que podemos chamar de sociedade moderna e sociedade contemporânea. A resultante dessa interação, longe de ser um padrão homogêneo, é diversa e desigual. No entanto, essa desigualdade não impede que identifiquemos no processo de cisão da centralidade contemporânea, entendida como a não obrigatoriedade de coincidência espacial entre processos de concentração e centralização de capital, o mecanismo base que opera a metropolização do espaço, compreendido aqui como processo de formação das chamadas Megarregiões, a partir de onde se organiza a rede mundial de cidades, concomitantemente ao espraiamento, desigual, do padrão metropolitano para as cidades que são conectadas a essa rede. Identificamos no que chamamos de período metropolitano-neoliberal, como especificidade histórica capitalista da contemporaneidade, o momento em que essa cisão da centralidade se opera de forma hegemônica, por ser grandemente interligada à globalização, à financeirização e à hegemonia da racionalidade neoliberal em todas as esferas da vida pública e privada. Nesta tese percorremos elementos históricos, teóricos e empíricos que visam argumentar que o processo contemporâneo de produção do espaço está marcado pela metropolização-neoliberal, em contraste com os processos de urbanização-fordista que marcaram a segunda metade do século XX e consolidaram as metrópoles como forma urbana típica desse período. A análise empírica se baseia na avaliação da contribuição que os investimentos em logística de escoamento da produção de grãos da agropecuária brasileira, via consolidação do chamado Corredor Logístico do Tapajós, em Itaituba-PA, tem para a consolidação de uma cadeia de produção de valor globalizada e financeirizada. A partir da importância que fundos de investimentos têm na alocação de capital fixo nessa região, seja diretamente via participação acionária, ou mediados pelas sedes das empresas de tradings, pudemos identificar a rede de cidades mundiais que estruturam essa cadeia produtiva e esses investimentos no baixo Tapajós. Desta identificação, a megarregião de São Paulo se sobressai comandando o processo de metropolização do espaço do baixo Tapajós, uma vez que mais de 40% desses investimentos se originam ou passam por ela. |