Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Marmorato, Mariana Prado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-07012020-132454/
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Resumo: |
A febre amarela (FA) é uma arbovirose que ainda representa um problema de saúde pública no Brasil, onde se notificou um surto recente com 1376 casos confirmados e taxa de letalidade de 35%. A vacina antiamarílica é altamente eficaz, conferindo imunidade protetora contra o vírus da febre amarela (YFV), provavelmente pela indução de anticorpos (Abs) neutralizantes. Apesar da eficácia da vacina estar bem estabelecida, a cobertura vacinal ainda é deficiente e não existe um tratamento específico para FA. Desta forma, o uso de Abs neutralizantes na prevenção e no tratamento pode representar uma estratégia promissora de enfrentamento da doença. O objetivo deste projeto foi caracterizar a cinética de expansão da população de plasmoblastos (PBs) circulantes e o repertório de Abs monoclonais deles derivados presentes no sangue periférico de pacientes com febre amarela (n=70) ou que receberam a vacina 17DD (n=7), bem como a capacidade de ligação e neutralização do YFV. A análise de citometria de fluxo multiparamétrica revelou que a frequência de PBs (CD27high CD38high) não aumentou de forma significativa após a vacinação, ao contrário do que ocorreu no grupo de pacientes infectados pelo YFV, em que foi observada uma grande expansão de PBs (p < 0,001), atingindo o pico de expansão no 6º dia após o início dos sintomas. Os PBs circulantes derivados dos dois grupos de doadores foram isolados e submetidos às reações de amplificação e sequenciamento das regiões variáveis das cadeias leve e pesada das Imunoglobulinas (Ig). Foram amplificados 668 pares de Ig de ambos os grupos com uma alta taxa de identidade com sequências germinativas e alto nível de hipermutação somática. Os genes da família IgHV3 foram frequentemente detectados nas Ig isoladas nos dois grupos estudados, seguidos por IgHV4 em infectados e IgHV1 em vacinados. Os Abs derivados do grupo de infectados foram clonados em plasmídeos e expressos para avaliação de suas afinidades e capacidades de neutralização da cepa YFV-17D. A afinidade de ligação dos Abs foi modesta e nenhum deles foi capaz de neutralizar a cepa 17D in vitro. Nossos dados sugerem que a infecção por YFV induz uma expansão acentuada de PBs que expressam Abs de baixa afinidade e capacidade neutralizante durante a fase aguda da doença |