Imunogenicidade e segurança da vacina contra a febre amarela: revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Takey, Paulo Roberto Gomes
Orientador(a): Brasil, Patrícia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53620
Resumo: A febre amarela é uma doença febril aguda provocada pelo Vírus da febre amarela, que é transmitido principalmente pela picada de mosquitos em áreas tropicais e subtropicais da África e da América do Sul. A mudança na epidemiologia, os riscos de surtos urbanos e da propagação internacional, e consequentes epidemias intermitentes com taxas de morbimortalidade significativas, representam uma ameaça emergente à Saúde Global. Considerando-se que a eliminação dos vetores é impraticável e que não há tratamento para a doença, a vacinação permanece sendo a abordagem mais competente para combater a febre amarela. Entretanto, eventualmente nos deparamos com quedas nos indicadores de coberturas provocadas pela falta de acesso perante as epidemias, e pela hesitação vacinal perante a preocupação sobre a segurança das vacinas. Uma estratégia de enfrentamento para o aumento de demanda foi lançada em 2016 pela OMS: o fracionamento da dose padrão. Diante disto, realizou-se uma revisão sistemática, seguida de metanálises, de evidências sobre o perfil de imunogenicidade e segurança da vacina contra a febre amarela, em dose padrão ou fracionada, elaboradas de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). A avaliação da qualidade metodológica dos estudos divulgados nos artigos selecionados foi realizada, conforme seu desenho, a partir dos instrumentos Methodological Index for Non-Randomized Studies (MINORS) e Revised Cochrane risk-of-bias tool for randomized trials (RoB 2.0). Foram recuperados 1.724 artigos científicos, dos quais foram selecionados 32: 23 estudos observacionais e outros 9 experimentais. A estimativa combinada para a imunogenicidade da dose padrão foi de 97% (IC 95% = 95; 98%), enquanto para a segurança relacionada a eventos adversos totais, 49% (IC 95% = 40; 59%), e graves, 0% (IC 95% = 0; 1%). Os cálculos das estimativas combinadas da imunogenicidade e da segurança da vacina contra a febre amarela em dose fracionada não puderam ser realizados, pois entre os dois artigos selecionados relacionados a ensaios clínicos, apenas um atenderia aos critérios de inclusão estabelecidos. Os resultados da revisão sistemática e das metanálises sugerem o uso da vacina contra a febre amarela, tanto em dose padrão quanto em dose fracionada, enquanto estratégias eficazes e seguras de prevenção da doença.