Adaptação cultural e validação para a língua portuguesa da \"Escala de Bienestar Materno en Situación de Parto (BMSP 2)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Jamas, Milena Temer
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-11092013-162127/
Resumo: Introdução: A avaliação da assistência prestada é uma das condições básicas para promover a qualidade dos serviços de saúde. Obter dados a respeito do bem estar segundo a perspectiva da mulher permite corrigir inadequações e melhorar a qualidade da assistência ao parto. Objetivo da pesquisa: Esta pesquisa teve o objetivo de adaptar culturalmente e validar as propriedades psicométricas da Escala de Bienestar Materno em Situación de Parto (BMSP 2) para a língua portuguesa (Brasil).Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo metodológico aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, sob o parecer nº 170.412. A adaptação cultural desta Escala, que foi produzida por enfermeiras obstétricas chilenas, foi feita conforme recomendações da literatura científica pertinente: tradução da BMSP2 para a língua portuguesa; retrotradução para língua de origem do instrumento; avaliação por um comitê de juízes; pré-teste da versão adaptada e aplicação da versão final em português. Os dados foram coletados no período de dezembro de 2012 a março de 2013 em um Hospital-Escola, situado na Zona Norte do Município de São Paulo. Participaram do estudo, 500 mulheres que receberam assistência ao parto normal na Instituição. A validade de face e conteúdo foi avaliada pelo comitê de juízes; para a validade de constructo foi realizada a análise fatorial; a validade de constructo convergente foi avaliada através do Teste de Correlação de Pearson entre a BMSP 2 e o domínio satisfação com a vida da Escala de Bem Estar Subjetivo; a validade de constructo divergente foi avaliada por meio de teste para comparação de grupos distintos. A confiabilidade foi avaliada pela consistência interna de seus itens (Alfa de Cronbach). O nível de significância adotado foi de 0,05. Resultados: A maioria das participantes do estudo vivia com o parceiro, possuía idade de 26,7 anos em média, era da cor branca, tinha entre nove e 11 anos de estudo e era do lar. Em relação às características obstétricas, 36,2% era multigesta, 28% estava na segunda gestação e 35,8% era primigesta, com idade gestacional entre 39 e 39 semanas e 6 dias (33,8%). Na avaliação das propriedades psicométricas, a análise fatorial apresentou um agrupamento diferente do encontrado pelos autores da versão original do instrumento, demonstrando a necessidade de desenvolver novos estudos objetivando propor nova distribuição fatorial para a versão brasileira desta escala. A validade de constructo convergente apresentou correlação positiva com o domínio satisfação com a vida da EBES. Na validade de constructo divergente foi obtida uma relação significante com algumas características sociodemográficas e clinico obstétricas. Com relação à confiabilidade, foi obtido um valor adequado para a consistência interna da versão adaptada da BMSP 2 (Alfa de Cronbach 0,93). Conclusão: A versão adaptada para o português da BMSP 2 mostrou-se válida e confiável na amostra estudada. Novos estudos necessitam ser realizados para testar essas propriedades em outros grupos de pacientes brasileiras.