Tipo de aleitamento materno em crianças de 3 a 11 meses e 29 dias de idade: crescimento e morbidade infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Cláudia Aparecida Arcari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-12112008-103914/
Resumo: Este estudo é um recorte de uma pesquisa multicêntrica, financiado pela FAPESP, intitulado Deficiência de ferro em crianças de três a doze meses: determinantes biológicos, sociais, e suas implicações para o incentivo ao Aleitamento Materno Exclusivo(AME). A temática deste recorte focalizou o crescimento, morbidade infantil e Aleitamento Materno (AM) e teve como objetivo geral analisar o crescimento, segundo os índices antropométricos e o estado de saúde, a partir da morbidade referida pela mãe, das crianças de 3 a 11 meses e 29 dias de idade, e suas relações com o tipo de AM, atendidas em dois serviços de saúde de cidades do Estado de São Paulo, no período de julho de 2005 a julho de 2006. Trata-se de um estudo transversal. Participaram do estudo 254 crianças de 3 a 11 meses e 29 dias de idade, atendidas em consulta de puericultura previamente agendada, nos serviços de saúde selecionados. Para coleta de dados, elaborou-se um formulário específico a partir do utilizado no estudo multicêntrico. As análises foram realizadas com auxílio do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS, versão 11,5 for Windows). O valor dos índices peso/altura, altura/idade e peso/idade, para cada uma das referências utilizadas, foi calculado em programas disponibilizados nos sites do CDC e OMS, respectivamente. Foram estabelecidas comparações entre o tipo de aleitamento materno e os índices antropométricos (peso/comprimento e comprimento/idade), segundo os referenciais CDC e OMS. Para identificação da associação ou não entre doença, uso de medicamentos antiinfecciosos e causa de internação referida pelas mães e o tipo de AM, foram utilizados os Testes Qui-Quadrado e Exato de Fisher. Os resultados revelaram uma prevalência maior de mães adolescentes na amostra, comparando-se com índices dos dois municípios. A prevalência de AM, no total da amostra, foi de 71,7% e AME de 11,8%. Tanto pelo referencial CDC como pela OMS, as crianças apresentaram maior freqüência de peso elevado para altura, consideradas obesas, dentre as crianças desmamadas, comparando-se com as que estavam em AM. A comparação entre os dois referenciais de crescimento foi realizada pelo teste de concordância estatística Kappa, mostrando maiores discordâncias nas crianças de 3 a 6 meses, principalmente no que se refere ao índice peso por comprimento. Nas crianças de 3 a 6 meses, encontramos resultados estatisticamente significantes, com valor de p=0,048, para associação entre AME e doenças respiratórias, sugerindo efeito protetor do AME para essas doenças. Os resultados encontrados neste estudo revelam achados motivadores para futuras investigações.