Estudo morfoquantitativo e imunohistoquímico da cartilagem articular do joelho de ratos Wistar submetidos à restrição calórica no envelhecimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Fontinele, Renata Gabriel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Rat
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-01112013-115832/
Resumo: A doença degenerativa da cartilagem articular, ou osteoartrose, pode ser causada por diversos fatores, dentre eles o envelhecimento. Com o aumento da longevidade no Brasil, a prevalência da osteoartrose vai aumentar com o aumento progressivo da idade média da população nas próximas décadas. O estresse do dia a dia, com o avanço da vida moderna, são acompanhados pela má alimentação, sendo essa caracterizada por uma subnutrição ou até uma nutrição excessiva. Utilizando ratos Wistar, como modelo experimental, o objetivo deste trabalho é verificar se a alimentação com baixo nível calórico ameniza ou acelera as alterações na estrutura da cartilagem articular das epífises distal do fêmur e proximal da tíbia, causadas pelo envelhecimento. Para tanto foram utilizadas 15 ratos, separados em três grupos, com 5 animais cada: C- animais de 06 meses alimentados com dieta normal (A); SR- animais de 18 meses alimentados dieta normal (A); RC- animais de 18 meses submetidos à restrição calórica de 31% alimentados com dieta B. A avaliação foi realizada pela microscopia de luz em cortes histológicos corados pela Hematoxilina-Eosina, Picrossírius e por imunohistoquímica com marcação do colágeno tipo II. Foram feitas medidas da espessura das zonas da cartilagem articular, contado o número de condrócitos por área, determinados os volumes dos núcleos dos condrócitos, a morfometria do colágeno, a identificação dos tipos de colágeno e a análise imunohistoquímica. Os resultados mostram que os animais do grupo RC ganharam massa corpórea de maneira significativamente mais lenta que os do SR a partir dos 8 meses. Os animais do SR apresentaram na tíbia, aumento da espessura total bicondilar provocado pelo aumento da zona profunda, aumento do número de condrócitos no côndilo lateral, manutenção do volume dos núcleos e da proporção volumétrica de colágeno, marcação mais heterogenea do colágeno tipo II no côndilo lateral, predominância desse tipo de fibras na zona média do côndilo medial. No fêmur os animais do SR mostraram diminuição da espessura total bicondilar provocada pela diminuição da zona profunda, sendo menor no côndilo medial, diminuição do número de condrócitos causado por diminuição da zona profunda, sendo menor no côndilo medial, diminuição do volume total dos núcleos dos condrócitos no côndilo medial, diminuição da proporção volumétrica do colágeno bicondilar, marcação heterogênea do colágeno tipo II, predomínio desse tipo de fibras nas zonas média e profunda bicondilar. Os animais do RC apresentaram na tíbia, manutenção da espessura, aumento do número de condrócitos bicondilar, manutenção do volume nuclear, aumento da densidade de colágeno, marcação menos heterogênea do colágeno tipo II no côndilo lateral, predominância desse tipo de fibras nas zonas média e profunda do côndilo lateral. No fêmur, os animais do RC mostraram aumento da espessura total pelo aumento da zona profunda no côndilo medial, aumento do número de condrócitos pelo aumento da zona profunda, sendo maior no côndilo medial, aumento do volume total dos núcleos dos condrócitos bicondilar, aumento da proporção volumétrica de fibras colágenas no côndilo medial, marcação heterogênea do colágeno tipo II e predomínio desse tipo de fibras nas três zonas da cartilagem. Dessa maneira, concluímos que os efeitos do envelhecimento e da restrição calórica são diferentes nas cartilagens articulares da tíbia e do fêmur. As alterações naturais do envelhecimento são amenizadas pela restrição calórica na cartilagem articular do fêmur, porém na cartilagem articular da tíbia, essas alterações são compatíveis com início de doença degnerativa sendo intensificadas pela restrição com sinias de avanço de osteoartrose.