Perfis de grávidas e mães adolescentes: estudo psicossocial de adolescentes usuárias de um serviço público de pré-natal e maternidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Oliveira, Nancy Ramacciotti de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-24052004-152547/
Resumo: Este trabalho apresenta uma pesquisa com adolescentes grávidas e mães de um primeiro bebê (até cinco meses após o parto), usuárias de um serviço público de pré-natal de Santos (SP). O estudo investiga a percepção das adolescentes sobre si mesmas e sobre suas vidas, usando referências psicanalíticas e trabalhando com três instrumentos de pesquisa - questionários, desenhos de auto-retrato e entrevistas em profundidade. Resultados de 82 questionários com adolescentes grávidas indicaram dificuldades com a educação formal anterior à gravidez, figuras maternas valorizadas e figuras paternas avaliadas negativamente, e gravidez em geral aceita e ocorrida numa relação de namoro. A análise de 150 desenhos de auto-retrato de adoescentes grávidas destacou: sinais de ambivalência, auto-imagens não muito prejudicadas, tendência de se retratar num momento mais próximo ao presente, auto-retratos anteriores à gravidez com menos sinais de conflito, desenhos estando grávida com sinais de ansiedade, e auto-retratos posteriores ao parto com indícios compensatórios. A análise de entrevistas em profundidade com 10 adolescentes mães apontou: gravidez relacionada a conquistas de benefícios sociais, grande valorização das figuras maternas e ataques às figuras paternas e aos pais dos bebês (antes mais idealizados), indícios de busca de engravidar, vida sexual sem maiores impedimentos e com algum conhecimento sobre métodos contraceptivos, queixas de perdas quanto a passeios, relação com a escola tendendo a manter a trajetória anterior à gravidez, e relação cuidadosa com o bebê. Para as adolescentes pesquisadas, pertencentes a segmentos mais pobres de população urbana, a gravidez não pareceu percebida de forma negativa e associou-se a alguns ganhos sociais, durante a gestação e os primeiros meses do bebê.