Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Matta, Juliana de Santana |
Orientador(a): |
Najar, Alberto Lopes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4692
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Resumo: |
A gravidez na adolescência vem sendo considerada como uma problemática Social e de Saúde Pública. Todavia, apesar de usualmente ser tratada como um agravo – precoce, inesperada, não-desejada -, a gestação adolescente é emblemática. De fato, a diversidade de vivências, matizadas pelo contexto sócio-cultural e urbano que a circunscreve, impulsiona à necessidade de maior profundidade na compreensão deste fenômeno. Em alguns casos, este evento representa a interrupção da trajetória esperada para este(a) adolescente e, em outros, pode significar uma alternativa de vida frente à falta de perspectivas futuras. Pode significar a realização de um projeto de vida e, em outros aspectos, a divulgação da virilidade masculina e da fecundidade feminina. Este fenômeno, por outro lado, também comparece como evento de natureza tensionante e com potencial para provocar mudanças nas dinâmicas familiares. Logo, nesta proposta de estudo, o objetivo se volta para a investigação das trajetórias familiares e concepções de família em mulheres que foram mães adolescentes (período compreendido entre 12 e 18 anos). Para tanto, foram entrevistadas 32 mulheres entre 19 e 24 anos que levaram a concepção a termo e que foram atendidas no Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria, localizado na ENSP/Fundação Oswaldo Cruz. Os dados foram analisados quantitativamente e qualitativamente. Os resultados apontam que as famílias de origem dessas mulheres tem maior permanência da figura feminina, representada pela mãe ou pela avó, enquanto há maior labilidade na figura masculina. As mães dessas mulheres, em sua maioria também foram mães adolescentes. Quando algumas dessas mulheres engravidaram, elas já estavam morando com o companheiro ou estava numa relação dita de namoro e a maioria estava tentando engravidar e queriam ter um filho. Os dados sugerem também que, ao morar com o companheiro, concebem que uma nova família é formada e agregada à sua de origem, mas ressaltam a importância da família nuclear. Faz-se necessário que hajam maiores estudos investigando as transmissões geracionais de valores familiares. |