Efeito do tratamento com pressão e vapor sobre a composição e a cinética da fermentação “in vitro” do bagaço de cana-de-açucar (Saccharum sp. L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Mello Júnior, Celso do Amaral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20231122-100353/
Resumo: Os efeitos do tratamento com pressão e vapor (17 Kgf/cm2 durante 5 minutos) sobre a composição química, extensão e taxa de fermentação do bagaço de cana-de-açúcar foram avaliados através da utilização da técnica “in vitro”. O tratamento determinou uma redução dos níveis da matéria seca (16.8%) , fibra bruta (12.7%), fibra em detergente neutro 31% e hemicelulose (80%) do bagaço “in natura”, além de um aumento de cerca de 20 vezes na concentração inicial dos carboidratos solúveis totais. Houve um aumento de cerca de 18 vezes na concentração inicial de compostos fenólicos de bagaço auto-hidrolisado (0.4-7.2%). A remoção destas substâncias através do desengordura mento com metanol 80%, determinou também a extração de outros compostos solúveis nesta solução, acarretando em um aumento proporcional da fração fibrosa desta amostra. O tratamento com pressão e vapor determinou (em relação ao bagaço “in natura”) um aumento de 58% na digestibilidade “in vitro” da matéria seca, 45% da celulose e 23% na da parede celular. A curva da digestibilidade “in vitro” acumulada da celulose mostrou que não existe diferença significativa (P<0.05) entre as quantidades digeridas durante as primeiras 18 horas de fermentação. Depois disto o bagaço auto-hidrolisado mostrou valores de digestibilidade superiores P<0,05 ao bagaço “in natura”, e iguais ao bagaço auto-hidrolisado desengordurado. Entretanto a taxa de digestão da celulose destas amostras foram as mesmas entre 12 e 24 horas de fermentação. A curva da digestibilidade “in vitro” acumulada da parede celular mostrou valores significativamente superiores (P<0.05) para os bagaços “in natura” e auto-hidrolisado desengordurado até as primeiras 12 horas de fermentação, igualando-se ao bagaço auto-hidrolisado após 18 horas. A partir de então, o bagaço auto-hidrolisado apresentou valores significativamente (P<0.05) superiores ao bagaço “in natura” e iguais ao bagaço auto-hidrolisado desengordurado. A taxa de digestão da parte celular do bagaço “in natura” (8.46%/h) e auto-hidrolisado (8.37%/h) foram as mesmas após 12 -24 horas de fermentação, sendo significativamente superiores a taxa do bagaço auto-hidrolisado desengordurado (6.46%/h).