Cana-de-açúcar e bagaço de cana tratado a pressão de vapor na dieta de ruminantes: efeitos sobre a fisiologia e microbiologia do rúmen

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1990
Autor(a) principal: Figueiredo, Mauro Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-150052/
Resumo: O experimento foi conduzido, por um período de 122 dias, no estábulo experimental da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", USP - Piracicaba - SP, com o objetivo de se estudar o efeito de diferentes proporções de cana-de-açúcar (CA) e bagaço de cana tratado a pressão de vapor (BTPV) na presença de 2 tipos de concentrados (CI e CII), sobre os parâmetros fisiológicos e microbiológicos do rúmen. Os tratamentos fornecidos a 4 vacas f istuladas no rúmen, constituíram-se como se segue (base seca): T1 - BTPV (70%), CA (8%) e CI (22%); T2 - BTPV (39%), CA (39%) e CI (22%); T3 - BTPV (8%), CA (70%) e CI (22%); T4 - BTPV (8%), CA (70%) e CII (22%). O concentrado I foi balanceado com farelo de algodão (60%), milho (20%), raspa de mandioca (8,5%), uréia (7,0%) e minerais (4,5%) enquanto que o concentrado II foi composto por farelo de algodão (56%), farelo de arroz (32,5%), uréia (7,0%) e minerais (4,5%). O consumo de matéria seca por 100 kg de peso, como percentual do peso vivo, foi significativamente maior (P < 0,05) no tratamento 2 (2,29%) em relação ao tratamento 1 (1,83%), enquanto que nos tratamentos 3 e 4 não se verificou diferença em comparação com os dois primeiros. A digestibilidade in vitro da matéria seca e os valores de nitrogênio amoniacal foram semelhantes em todos os tratamentos. Nas dietas a base de cana-de-açúcar (T3 e T4) o pH ruminal foi sempre elevado e relativamente constante. Verificou-se uma diferença significativa (P < 0,05) entre o tratamento 4 (6,93) e o tratamento 1 (6,28). Os valores percentuais de ácido propiônico e a relação molar deste com os outros ácidos graxos, foram significativamente maiores (P < 0,05) no tratamento 3 em relação aos tratamentos 1 e 2. Já a produção individual e total dos diferentes ácidos graxos foi semelhante em todos os tratamentos, com exceção do ácido acético, cuja produção foi significativamente maior (P < 0,05) no tratamento 1 em relação ao tratamento 3. A taxa de passagem da fase líquida e o volume ruminal foram semelhantes em todos os tratamentos testados. Houve uma redução na população de protozoários da sub-classe Holotricha por mililitro de fluido ruminal a medida em que a participação do BTPV nas dietas de cana aumentou. Assim, os tratamentos 3 e 4, diferiram significativamente (P < 0,05) do tratamento 1 na contagem de Holotricha por mililitro de fluido ruminal. O tipo de concentrado não afetou os parâmetros fisiológicos nem microbiológicos do rúmen nas dietas a base de cana-de-açúcar. A inclusão do BTPV nas dietas de cana reduziu a biomassa de protozoários no rúmen.