Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Mendonça, Tânia Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-11112020-184444/
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Resumo: |
Esta Tese almeja construir uma análise conectada e comparada de aspectos da história do teatro de bonecos do Brasil e da Argentina entre os anos de 1934 a 1966, tendo como enfoque a prática desta linguagem cênica voltada ao público infantil. Parte-se da premissa de que este teatro de títeres criado especialmente para as crianças possui estreita relação com o movimento da Escola Nova, tanto no caso argentino como no brasileiro. No entanto, reconhece-se que o escolanovismo foi estruturado à margem dos projetos pedagógicos estatais na Argentina, enquanto, no Brasil, o mesmo ideário conformou políticas públicas educacionais a partir dos anos 1920, o que denota uma ligação distinta entre o Estado e o teatro de bonecos argentino e o teatro de títeres brasileiro e o governo nacional. A fim de estabelecer as conexões e comparações entre ambos os países, foram consideradas, em primeiro lugar, as trajetórias de Helena Antipoff, psicóloga russa radicada no Brasil, a qual foi a principal representante dos primeiros cursos de teatro de bonecos conhecidos do território brasileiro, e de Javier Villafañe, um dos mais influentes divulgadores da arte dos títeres na Argentina e em toda a América Latina. Em seguida, desenvolve-se uma análise comparada entre os livros e artigos sobre o teatro de bonecos voltados à educação das crianças no Brasil e na Argentina, a partir da ênfase no escolanovismo. A relação entre a dramaturgia para títeres e as concepções de infância imbuídas nas tramas das peças para as crianças também é considerada no capítulo seguinte, assim como, posteriormente, é tecida uma comparação entre três projetos de teatro de bonecos sustentados com verbas públicas, sendo dois deles localizados no Brasil e um na Argentina. Por fim, problematiza-se a vinculação entre os bonequeiros e a escrita de autobiografias em ambas as nações, refletindo sobre a construção de uma identidade individual e histórica dos artistas a partir da estruturação destas memórias. A Tese lança luz, sobretudo, à marginalidade e/ou conformidade com a conjuntura política e social dos diversos projetos de teatro de bonecos voltados ao público infantil no Brasil e na Argentina, estruturando uma reflexão sobre o fazer artístico para as crianças neste momento histórico (1934-1966) no qual tal faixa etária passa a ganhar especial relevância tanto para os projetos públicos (sobretudo educacionais) como para iniciativas de instituições privadas e de sujeitos/coletivos autônomos. |