Norma e prática: os papéis das mulheres no reinado de D. João II (1481-1495)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Medeiros, Sooraya Karoan Lino de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-07112013-123129/
Resumo: Na concepção do mundo cristão, as mulheres foram criadas a partir de um fragmento masculino para lhe serem sujeitas, nunca iguais. Essa ordenação vai determinar a concepção sobre o feminino e a importância da imposição de submissão às mulheres. Sua inferioridade era impedimento para o ofício religioso e as leis do reino reconheciam a fraqueza própria do seu sexo que lhes vedava o acesso a ofícios públicos. Entretanto, é preciso considerar que entre o que se preconizava e o que de fato se praticava havia um cuidadoso jogo de possibilidades. A condição feminina definida eminentemente por sua ligação e sua relação com um homem que as caracterizava como mulheres solteiras, casadas ou viúvas não representa a multitude de papéis que poderiam desempenhar ao longo de sua vida. Seu estado não era necessariamente um obstáculo para o desempenho de outros papéis. O entrecruzamento dos dados obtidos com a análise da lei e da prática nos mostra que não precisa haver aí uma dicotomia. No seu viver em sociedade, as mulheres conjugavam diversos fatores e assumiam facetas muito mais ricas do que consideravam os escritos dos teólogos e moralistas.