Rituais e cerimônias régias da Dinastia de Avis: pacto e conflito na entronização de D.João II (Portugal-1438-1495)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Mello, Ieda Avênia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27310
Resumo: Este estudo concentra-se na análise da relação entre as cerimônias e rituais do poder régio característicos da Dinastia de Avis. Suas práticas propagandísticas, bem como a importância destas no processo de centralização do poder monárquico e na formação do Estado português durante os reinados de D. Afonso V e D. João II (1438 -1495). Nesse sentido, tomamos como ponto de partida desta pesquisa o ritual da homenagem, caracterizado pelo juramento de fidelidade, realizado na ascensão dos reis portugueses. Destaco as alterações introduzidas por D. João II nesta cerimônia, seus precedentes e desdobramentos como expressões de um projeto de governo que previa a submissão da nobreza pelo estabelecimento de um novo pacto entre o Rei e seus súditos. Abordaremos questões relativas à representação, ao controle simbólico, à legitimação e centralização do poder régio visando estabelecer o caráter e as funções das cerimônias régias em um período de centralização política e consolidação do Estado. Objetiva-se, ao mesmo tempo, aclarar as relações do rei com a nobreza, e em que medida “o rei passa [da condição] de primus inter pares à de adversário, de adversário à de árbitro, e [da condição] de árbitro a, porventura, sustentáculo fundamental”,1 tomando como contraponto para a análise o reinado de D. Afonso V.