As políticas curriculares no curso de Filosofia da Universidade Federal do Maranhão: relações de poder e a regulação do currículo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Rosemary Ferreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-05112009-143421/
Resumo: O presente trabalho analisa as relações desenvolvidas no processo de reformulação curricular do Curso de Filosofia da Universidade Federal do Maranhão, a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores em nível Superior, curso de licenciatura plena, caracterizando-se como um estudo sobre a configuração das políticas curriculares no subcampo acadêmico, enquanto uma rede relacional na qual são concebidos como elementos constitutivos: o espaço social, os agentes, os elementos constitutivos do currículo identificados nas Diretrizes Nacionais e no Projeto Pedagógico do Curso e as relações de poder estabelecidas através dos mecanismos de regulação que se estruturaram ao longo do processo de reformulação. Baseia-se em entrevistas com os membros integrantes do colegiado do curso que operacionalizou o trabalho e a aplicação de questionário fechado para os professores que não o integram e para os alunos através de amostragem. O referencial teórico que embasou a análise foram os conceitos políticas curriculares, sistematizado por José Augusto Pacheco, os conceitos de campo, central no trabalho, habitus, poder e capital cultural, estudados em Pierre Bourdieu e como elemento complementar, regulação, a partir da concepção de modo de regulação de Robert Boyer. Observou-se que a especificidade das relações desenvolvidas no subcampo acadêmico contribui para a construção de crenças sobre o currículo de formação de professores, que são mantidas enquanto a reformulação é realizada no currículo prescrito, observou-se também a existência de diferentes níveis de legitimação da participação dos agentes como conseqüência das disputas pelo poder e dos modos de regulação mobilizados na luta, que influenciam na configuração das diferentes concepções de currículo que coexistem na rede relacional analisada.