Ordenamentos e diferença : o que pode um currículo?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Luciana Vitoria da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8366
Resumo: Esta dissertação persegue a pergunta "O que pode um currículo?", tomando currículo enquanto um conjunto de arranjos que visa produzir egressos que são previamente projetados. Certa desconfiança em relação ao que é produzido ao final deste percurso levou ao acompanhamento de um processo revisional de um curso específico - Educação Física - Licenciatura da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) - investigando e problematizando o que sustenta as decisões que tornaram o arranjo atual existente e o que está sustentando as decisões que levam a um novo arranjo curricular. A problematização foi perseguida ao longo de todo empreendimento de pesquisa, configurando-se como uma atitude que mantém estreita relação com as questões de método que a pesquisa apresentou. Em termos de método, estão descritas três rodadas analíticas: 1. Análise de documentos; 2. Acompanhamento do Ciclo de Debates; 3. Conversas. Tais rodadas correspondem a decisões tomadas em relação a necessidades que emergiram da própria pesquisa. Dois blocos analíticos destacaram-se como resultados da investigação: ordenamentos e diferença. Estes são resultados, principalmente, dos argumentos colocados em jogo durante o que se chamou de Ciclo de Debates, no processo revisional do arranjo curricular acompanhado, que apontam para uma vontade de ordem e uma vontade de diferença explicitada. Em relação ao primeiro - ordenamentos - pode-se elencar que, desde sempre, apresentou-se ao arranjo curricular certa necessidade de ordem que foi registrada ao longo do acompanhamento do processo revisional como uma vontade de ordem assumida pelos participantes e interposta pelas exigências normativas maiores. Em relação ao segundo - diferença - destaca-se algo reivindicado pelos participantes, também, desde a criação do curso. As implicações de uma intenção de diferença foram perseguidas já no primeiro desenho curricular que criou o curso e, propaga-se até os dias de hoje quando se reafirma uma vontade de diferença durante o processo revisional de tal desenho. Além disso, algo inusitado se interpôs ao processo que foi tomado como ocasional ou acidental e que visava produzir uma nova ordem: exigências em relação a créditos de atividades em extensão que produziram naquilo que pode um currículo em revisão efeitos ainda não perfeitamente calculável.