Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Soares, Giovane Thomazini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-21072020-143540/
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Resumo: |
Notáveis similaridades existem entre sistemas complexos e a Saúde em nível Interurbano no estado de São Paulo (SIUSP, rede interurbana cujos nós são cidades com população total superior a 50 mil habitantes e Áreas de Concentração de População, ACPs). Assim, por analogia, foi formulada a hipótese de que a SIUSP apresenta emergentes. Isso implica, dadas outras propriedades da SIUSP, que ela é um sistema complexo (sob essa perspectiva, a SIUSP é categorizada em nível de emergentes e em nível de estrutura interativa; no primeiro nível mencionado, suas arestas são referentes à saúde de seus nós, já no segundo nível, suas arestas descrevem interações entre os nós). A veracidade dessa implicação, conjuntamente com outras premissas já validadas, incorre na necessidade de a Saúde Pública Paulista em nível Intermunicipal (SPPIM, rede cujos nós são cidades; suas arestas descrevem formais conexões que tratam estritamente de saúde e instituídas de maneira top-down; exemplos de SPPIM são regiões de saúde) ser compreendida por paradigma vinculado às ciências da complexidade (Paradigma de Visão de Mundo Holística, PVMH). O vigente paradigma da SPPIM pode ser incompatível (sob a perspectiva de propriedades de sistemas complexos) com o PVMH. Assim, a consolidação da SIUSP como detentora de emergentes proporciona provável mudança paradigmática do modo de compreender a SPPIM. O novo paradigma que sustentaria a compreensão da SPPIM seria o PVMH (por este último ser capaz de lidar com propriedades de sistemas complexos). Por tais importantes consequências, é testada a compatibilidade entre o PVMH e o vigente da SPPIM. Pela mesma razão, é averiguado se a SIUSP demonstra significativos indícios de que apresenta emergentes. São obtidas melhores respostas sobre a alteração paradigmática caso a última averiguação mencionada se sustente no possível novo paradigma. Nesse contexto, a pesquisa objetiva identificar se existem significativos indícios que corroboram que o vigente paradigma da Saúde Pública Paulista em nível Intermunicipal deve ser substituído pelo PVMH, alinhado à teoria da complexidade. Para alcance desse objetivo, a pesquisa fundamenta-se em dados coletados em fonte secundária (DATASUS e IBGE), analisados por estatística multivariada, cujos resultados são interpretados por método de análise de conteúdo. Assim, a pesquisa apresenta aspectos quantitativos e qualitativos; ainda ela se categoriza como exploratória. Ela gera redes de similaridade de variações anuais de cidades e ACPs paulistas. Essas redes são representantes da SIUSP em nível de emergentes. Com base nessas redes, foi identificado que a ordem instituída, composta por regiões e macrorregiões de saúde, não foi capaz de explicar diversos comportamentos da SIUSP. Uma dessas redes possibilitou captar padrões interurbanos não triviais e que demonstram forte persistência temporal. Entretanto, tais redes não demonstraram grandes indícios de possuírem propriedades de emergentes. Assim, apesar do expresso e da identificação de incompatibilidade entre o PVMH e o vigente paradigma da SPPIM, concluiu-se que não é possível afirmar, com as informações obtidas, que existem significativos indícios que corroboram que o vigente paradigma da Saúde Pública Paulista em nível Intermunicipal deve ser substituído pelo PVMH. |