Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Débora Ferreira Leite de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-08032016-112843/
|
Resumo: |
Tendo como pano de fundo as novas temporalidades do capitalismo flexível, que se assentam nas condições de curto prazo, de volatilidade, de flexibilidade e de impossibilidade de distinguir tempo-trabalho de tempo-livre, o presente estudo pretende destacar a grande dificuldade, para o sujeito, de construir uma narrativa coerente para sua vida, especialmente no campo do trabalho. A incredulidade dos grandes relatos (ou das metanarrativas), a perda da narrativa tradicional e uma espécie de miséria simbólica, abordadas nessa tese, a partir das considerações de Walter Benjamin, Richard Sennett e Sigmund Freud, foram condições sublinhadas como predicados da cultura contemporânea que ensejam consequências do ponto de vista psíquico. As diversas modalidades de sofrimento psíquico na atualidade apontam, em seu conjunto, para grandes dificuldades no plano da simbolização e essa característica nos endereça para o campo do traumático, conforme proposto pela teoria freudiana. Mas se, por um lado, pudemos encontrar condições potencialmente traumáticas a partir dos novos modos de regulação do trabalho na atualidade, por outro, foi possível pensar, como hipótese, que o sujeito imerso nas novas temporalidades e nas novas regras da cultura organizacional contemporânea, mas ainda ávido por buscar algum sentido na sua relação com o trabalho , procura por narrativas emprestadas, ainda que sejam fragmentadas e empobrecidas em sua dimensão simbólica. As peculiaridades desse comodato foram ponderadas a partir da consideração de alguns elementos do livro O Monge e o executivo uma história sobre a essência da liderança servidora. Pudemos examinar que a literatura prescritiva dos best-sellers de autoajuda tem fornecido, no âmbito dessa hipótese de empréstimo, novos modelos para o sujeito, especialmente no que concerne a uma ideologia de autocriação de si mesmo. Foi a partir desse contexto, que pudemos chegar à conclusão que o sujeito à deriva expressão cunhada com tanta precisão por Sennett , está alojado entre a onipotência e o desamparo |