Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ugartemendia, Cecilia Marcela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8143/tde-08022017-113033/
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Resumo: |
O trabalho analisa as possíveis relações intratextuais entre as primeiras quatorze epístolas que formam o corpus das Heroides de Ovídio. Estas relações permitem ao leitor entendêlas não apenas como um mero conjunto de monólogos travestidos em um formato epistolar (Auhagen, 1999, p. 90), mas como peças que ganham significado à luz de outras. As relações surgem em função do caráter exemplar das heroínas, paradigmático de um determinado tipo de comportamento. No diálogo intratextual, a exemplaridade permite a configuração mútua destas mulheres e suas epístolas. Considerando que o próprio Ovídio, no livro 3 da Ars amatoria, recomenda a suas discípulas ler sua coleção de epístolas e que ele se refere a essas mulheres em diferentes ocasiões como exempla do fracasso na ars amandi, o corpus pode ser entendido como uma série de exempla para o leitor, complementares ao propósito didático da Ars amatoria. Em razão da falta de uma ars amandi, a maioria das heroínas fracassam ao tentar convencer seus amantes a voltar. Portanto, o leitor recebe as epístolas como um grande exemplum daquilo que não deve ser feito e como justificativa da necessidade de um praeceptor. A confluência dos gêneros elegíaco e epistolar possibilita que as epístolas sejam um meio apropriado para transmitir um exemplum, por causa do caráter didático de ambos os gêneros. |