Estudo comparativo dos efeitos citotóxicos de β-sitosterol e β-secosterol em células tumorais e não tumorais de fígado de rato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Takayasu, Bianca Sayuri
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-27062024-124343/
Resumo: O β-Sitosterol (βSito) é o fitoesterol mais abundante encontrado em plantas e alimentos enriquecidos com fitoesterol. Seu consumo tem aumentado devido a sua capacidade de reduzir o risco de doenças cardiovasculares ao inibir a absorção do colesterol. Porém, o βSito é propenso à oxidação por espécies reativas de oxigênio, como o ozônio, gerando oxifitoesteróis. É necessário compreender os efeitos biológicos e os mecanismos de ação desses compostos, uma vez que seus efeitos na saúde humana permanecem controversos. Considerando o metabolismo hepático desses esteróis, conduzimos um estudo para investigar os efeitos do βSito e do seu principal oxifitosterol β-Secosterol (βSec), produzido por oxidação pelo ozônio, na viabilidade celular, distribuição do ciclo celular, morfologia celular, organização do citoesqueleto e adesão focal nas linhagens BRL-3A (células de fígado imortalizadas de R.norvegicus) e HTC (hepatoma de rato). Para isso, empregamos as técnicas de MTT, exclusão por azul de tripano e dupla marcação com Hoechst 33342 e iodeto de propídeo para medir a viabilidade celular; técnica de citometria de fluxo para avaliar a progressão do ciclo celular; marcadores e corantes fluorescentes para analisar a morfologia celular e adesão focal. Nossos resultados demonstraram que βSito não provocou efeitos significativos nas duas linhagens celulares, enquanto βSec causou danos em ambas. Entretanto, as células tumorais se mostraram mais sensíveis ao oxifitoesterol em relação às não tumorais, uma vez que foi necessária uma menor concentração para observar seus efeitos. Nas células BRL-3A e HTC, βSec provocou diminuição na viabilidade celular, induziu parada do ciclo celular em fase G0/G1, causou alterações morfológicas e na organização do citoesqueleto e modificações na distribuição da vinculina presente em adesões focais. Estes efeitos se mostraram reversíveis, uma vez que as células se recuperaram dos danos sofridos após a remoção do composto. Entretanto, observamos que apenas a morfologia celular de células BRL-3A mantiveram alterações. Deste modo, nossos resultados demonstraram possíveis efeitos celulares induzidos por βSito e βSec, essenciais para melhor compreender potenciais ações benéficas ou adversas relacionadas aos seus usos terapêuticos.