Desenvolvimento, caracterização e avaliação de lipossomas contendo β-sitosterol em um modelo experimental ex vivo de cataratogênese

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Espinoza, Joel Toribio lattes
Orientador(a): Paula, Josiane de Fátima Padilha de lattes
Banca de defesa: Boscardin, Patrícia Mathias Döll lattes, Budel, Jane Manfron lattes, Folquitto, Daniela Gaspardo lattes, Gomes, Mona Lisa Simionatto lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
Departamento: Departamento de Ciências Farmacêuticas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3582
Resumo: A catarata, principal causa de cegueira em todo o mundo, se deve a uma turvação no cristalino do olho, em consequência do estresse oxidativo, da perda na função chaperona das proteínas cristalinas e outros fatores que desencadeiam a precipitação das mesmas. O presente estudo avaliou o efeito do -sitosterol na prevenção da catarata utilizando um modelo ex vivo de cataratogênese. Foram desenvolvidos lipossomas carregados com -sitosterol (BSL), preparados pelo método de fase reversa modificada e avaliados quanto ao tamanho de partícula (DM), índice de polidispersão (PDI), potencial zeta (PZ), assim como os aspectos morfológicos mediante microscopia eletrônica de varredura (MEV-FEG). A atividade anticataratogênica do BSL foi estudada em modelo de cultura de lentes ex vivo de ratos Wistar com suplementação de selenito de sódio. As lentes foram fotografadas antes e após a cultura. A opacidade da lente (transmitância) foi determinada usando um espectrofotômetro UV-Vis e foram determinadas as mudanças estruturais nas proteínas através de espectroscopia de Raman. O BSL apresentou um diâmetro médio de 183,90  15,41 nm, o índice de polidispersão de 0,319  0,01 e um PZ de -31,25  0,63 mV. As fotografias mostraram que o BSL diminuiu a progressão da opacidade, e os espectros de transmitância das lentes incubadas com BSL comprovaram que houve uma atenuação na redução da transmitância induzida pelo selenito de sódio. A espectroscopia Raman revelou aumentos e diminuições nos microambientes de resíduos de triptofano nas lentes induzidas e variação na intensidade das amidas. O tratamento com BSL permitiu manter viável a estrutura dobrável da β-folha das cristalinas, sugerindo uma alternativa terapêutica para prevenção da formação da catarata. O desenvolvimento de sistemas nanoestruturados carregados com potenciais compostos terapêuticos e sua avaliação espectroscópica podem fornecer informações interessantes sobre possíveis tratamentos para catarata.