Análise da expressão de genes da família Bcl-2 em macrófagos infectados por Mycobacterium tuberculosis uni e multi-drogas resistentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Souza, Walkiria de Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-10092012-141753/
Resumo: A Tuberculose é uma das doenças infecciosas mais antiga e bem descrita. Entretanto, ainda permanece como um dos principais problemas de saúde pública a ser enfrentado em âmbito global. A implantação de novas estratégias no controle da Tuberculose requer uma melhor compreensão dos mecanismos que sucedem a fagocitose das micobactérias por macrófagos. Após a fagocitose, as micobactérias dão início a um conjunto de ações para sobreviverem e se replicarem no ambiente intracelular, entre as quais a provável interferência no processo de morte celular. Estudos mostram que M. tuberculosis pode apresentar habilidade de interferir no mecanismo de morte celular. Essa habilidade se tornou um desafio a ser estudado devido às implicações que isso deve ter na patogênese da doença. O nosso estudo teve por objetivo analisar a expressão de genes anti-apoptóticos (bcl-2, bcl-x e mcl-1) e pro-apoptóticos (bak, bax e bid) por PCR em tempo Real em macrófagos humanos derivados de células THP-1 após diferenciação induzida por PMA. Além disso, analisar a porcentagem de fragmentação de DNA nesses macrófagos, utilizando a citometria de fluxo, pois a fragmentação internucleossômica do DNA é uma das características apresentadas por células apoptóticas. Para as infecções foram utilizados isolados clínicos de M. tuberculosis com perfil de suscetibilidade a fármacos diferentes e a cepa padrão H37Rv (ATCC). Os dados de expressão foram analisados pela diferença de entre os isolados clínicos sensíveis, resistentes a três dos fármacos utilizados no tratamento da tuberculose humana e a cepa padrão H37Rv, utilizando-se o método de 2-ΔΔCT. Para comparar os resultados de expressão gênica, bem como a porcentagem de fragmentação de DNA, nos macrófagos infectados com os diferentes isolados clínicos, foram utilizados análise de variância (ANOVA) e o teste de comparação múltipla de Tukey. Os resultados sugerem, que os isolados clínicos resistentes a INH, RIF e EMB utilizados no nosso estudo, bem como a cepa padrão H37Rv (ATCC), não induzem mecanismos anti-apoptóticos para evadir da resposta imune. A ocorrência de fragmentação de DNA nos macrófagos infectados é um indicativo de morte por apoptose ou pyroptose. Além disso, o tempo de infecção éum fator importante e, com certeza, infecções com tempos maiores poderiam induzir ainda mais a morte dos macrófagos infectados.