Disfunção temporomandibular, força de mordida e atividade eletromiográfica dos músculos mastigatórios em indivíduos com deformidade dentofacial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Passos, Dannyelle Christinny Bezerra de Oliveira Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-05122011-170740/
Resumo: Condições de desequilíbrio dentário e esquelético, como as deformidades dentofaciais, podem estar relacionadas a alterações da função mastigatória e da articulação temporomandibular. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar a influência da deformidade dentofacial (DDF) na ocorrência de quadros de disfunção temporomandibular (DTM), na força de mordida e atividade eletromiográfica dos músculos mastigatórios. Foram avaliados 30 indivíduos com DDF (GDDF), em tratamento ortodôntico pré-cirúrgico, de ambos os gêneros, sendo 18 com padrão facial III e 12 com padrão facial II, idade entre 18 e 40 anos (média=27,27 anos); foi formado um grupo controle (GC) constituído por 30 indivíduos com equilíbrio dentofacial, pareados segundo o gênero e a idade com o GDDF. Foi aplicado o questionário anamnético de DTM (QA) e o Eixo 1 do Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/DTM) para verificar e classificar o grau e o tipo de DTM, respectivamente. Além disso, os indivíduos foram submetidos à avaliação eletromiográfica (EMG) dos músculos masseteres (M) e temporais anteriores (T), durante a Contração Voluntária Isométrica Máxima (CVIM) e também foi avaliada a Força de Mordida Isométrica Máxima (FMIM). Para análise dos dados foi utilizada análise de variância a dois critérios, pós-teste de Tukey, teste de Mann-Whitney, teste de Kruskal Wallis, pós-teste de Dunn, teste Qui-quadrado e teste de correlação de Spearman. Os resultados do QA demonstraram que o GGDF apresentou maior grau e escore de DTM que o GC (p<0,01). A partir do RDC/DTM foi verificada que o GDDF apresentou maior ocorrência de diagnósticos de deslocamento de disco (p=0,02) e de artrite, artralgia e artrose (p<0,01) em relação ao GC. Além disso, houve maior ocorrência do diagnóstico muscular do RDC/DTM para mulheres em relação aos homens (p<0,01), tendo também sido encontrado maior grau e escore de DTM para os padrões faciais II e III em relação ao padrão I (p<0,01), enquanto para o diagnóstico de artrite, artralgia e artrose houve maior ocorrência para o padrão II em comparação aos padrões I e III (p<0,01). Para a força de mordida foram encontrados resultados superiores para o GC (23,94 ± 4,94) em relação ao GDDF (17,57 ± 4,74) (p<0,01), bem como valores superiores para o padrão I em relação aos padrões II e III (p<0,01). Houve correlação negativa entre o escore da DTM e a FMIM (p<0.01). Quanto à atividade EMG foram obtidas as seguintes médias e desvio padrão para cada músculo estudado: TGC x =149,79 ± 85,85; MGC x =120,15 ± 81,59; TGDDF x =124,91 ± 55,09; MGDDF x =94,92 ± 82,67. Foi encontrado que o gênero masculino apresentou valores de CVIM do músculo masseter superior ao gênero feminino (p=0,02). Houve correlação negativa e significante entre o escore da DTM e a atividade EMG do músculo masseter (p=0,03). De acordo com os resultados obtidos a presença da DDF influenciou a ocorrência de quadros de DTM, como também a força de mordida. Além disso, a ocorrência de DTM foi correlacionada à força de mordida e atividade EMG do músculo masseter nos indivíduos estudados.