Alteração na frequência de recombinação mitótica e mutantes resistentes a fungicidas em Aspergillus nidulans [Eidam] Winter

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1974
Autor(a) principal: Sant'ana, Evaldo Pacheco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20240301-153337/
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido com a finalidade de se estudar a ação de fungicidas na frequência de recombinação mitótica em Aspergillus nidulans, isolar mutantes resistentes aos fungicidas usados e analisados geneticamente e, finalmente, determinar a frequência de mutantes resistentes. Os fungicidas usados foram os sistêmicos 1,4-dicloro-2,5-dimetoxil benzeno (CLORONEB) e 2,3-dihidro-5-carboxanilido-6-metil-1,4-oxatiin (VITAVAX), e o não sistêmico acetato de n-dodecilguanidina (DODINE). Para se estucar a frequência de recombinação mitótica, foi usada a linhagem diplóide bi 1//MSE, e para o isolamento, mapeamento e os estudos de frequência de mutação foi usada a linhagem bi 1 meth 1. Nos estudos da frequência de recombinação mitótica, foram considerados dois tipos de setores: a) grandes setores: todos os setores visíveis a olho nu; b) microsetores: todos os setores visíveis somente através de estereomicroscópio, sendo levado em consideração apenas os setores de coloração branca e amarela. As curvas de sobrevivência aos fungicidas foram determinadas e mutantes resistentes foram isolados e analisados geneticamente. Pelos resultados obtidos podemos concluir que: 1 - Nas doses empregadas os fungicidas CLORONEB (10 ug/ml) e DODINE (2 ug/ml), apresentaram alta capacidade de aumentar a frequência de recombinação mitótica, enquanto que o VITAVAX (10 ug/ml) ao contrário, apresentou urna redução acentuada no total de setores recombinantes. 2 - Os fungicidas CLORONEB e VITAVAX apresentaram-se como agentes indutores da haploidização de diplóides de A. nidulans, enquanto que no tratamento com DODINE a frequência de setores haplóides foi praticamente igual à testemunha. 3 - A resistência aos fungicidas CLORONEB e VITAVAX foi devida em ambos os casos a um único gene, estando o gene para resistência ao CLOPONEB localizado no grupo de ligação IV, e o gene para resistência ao VITAVAX localizado no grupo de ligação VII. A resistência ao fungicida DODINE foi determinada como sendo de natureza citoplasmática. 4 - Os resultados bastante diferentes obtidos com os três fungicidas, em relação a frequenc1a de recombinação mitótica e características dos mutantes resistentes analisados, não podem necessariamente serem generalizados e outros fungicidas. Embora não podendo a priori serem extrapolados a outras espécies de fungos, os resultados são, no entanto, uma indicação das possibilidades de ocorrência do problema em condições de campo.