Inclusão nas escolas municipais de São Paulo: um olhar dos professores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Angelotti, Andréa Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-04042014-143726/
Resumo: Este estudo trata-se de uma pesquisa-empírica, buscando verificar o olhar dos professores da rede municipal de ensino de São Paulo a respeito do movimento de inclusão escolar. Entendendo que o olhar refere-se a concepções e idéias que norteiam o processo, foram definidos os termos mais utilizados pela área educacional concernentes à inclusão e, a partir daí, verificou-se qual a compreensão dos professores acerca desses termos. Para a análise de tais termos, foram utilizadas as definições formuladas por Mazzotta. Outro aspecto observado na presente pesquisa foi o posicionamento dos professores em relação aos auxílios e encaminhamentos prestados aos alunos com necessidades educacionais especiais, tomando como base o tipo de formação e experiência desses professores. Tal observação partiu da premissa de que o conhecimento e domínio conceitual podem auxilia-los no entendimento e na avaliação das necessidades dos alunos. O trabalho demonstra a necessidade de ampliação da formação dos professores, para uma melhor compreensão dos termos, conceitos e propostas pedagógicas. Entretanto, nota-se que apenas a formação teórica não é suficiente para impulsionar mudanças na postura profissional. A formação deve possibilitar e impulsionar uma maior interação teoria/prática pedagógica, a partir da qual os professores poderão buscar novas soluções para problemas enfrentados no cotidiano da sala de aula. Além da formação ampliada, é necessário que os profissionais da educação tenham apoio, em termos de recursos materiais e humanos, para desenvolverem um trabalho satisfatório nas escolas, de modo a promover uma educação realmente inclusiva. De acordo com o estudo, os professores estão desestimulados e descrentes da proposta inclusiva, porque na maioria das vezes não têm apoio material e nem pedagógico para desenvolver tal proposta. Por outro lado, verificou-se que há disposição entre os professores para incluir os alunos com NEE nas classes comuns, acatando a diversidade. Optou-se, ainda, por realizar uma breve análise da legislação a respeito da educação especial e conhecer em que medida ela contempla os princípios da escola inclusiva. A expressão educação especial foi utilizada por ainda ser esse o termo empregado para indicar o campo privilegiado para as discussões em torno da integração e inclusão escolar. Como instrumento de coleta de dados, foi formulado um questionário a fim de obter as opiniões dos professores acerca da proposta inclusiva. O questionário também subsidiou o entendimento das atitudes dos professores em relação ao aluno com necessidades educacionais especiais, incluídos na sala regular.