Nova ordem sul-americana: reorganização geopolítica do espaço mundial e projeção internacional do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Roseira, Antonio Marcos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-14122012-094017/
Resumo: Esta pesquisa trata da relação entre Brasil e América do Sul, bem como das políticas de projeção regional e mundial envolvendo o país e seus vizinhos. O fio condutor é uma abordagem geopolítica que busca o entendimento dos principais fatores que constituem a ordem regional sul-americana. Estabeleceu-se uma periodização em duas grandes conjunturas regionais. A primeira, que se constitui com o início da Guerra Fria e perdura até 1991, é caracterizada pelo equilíbrio de poder e pelas rivalidades geopolíticas intra-regionais. Internamente é assinalada pela polarização do continente em torno de Brasil e Argentina e suas geopolíticas expansionistas. Externamente, foi definida pela projeção internacional brasileira a partir da dependência aos Estados Unidos e seus principais aliados. A segunda se refere a uma nova ordem sul-americana a partir de 1991, com a assinatura do Tratado de Assunção. A criação do Mercosul estabelece um cenário marcado pela diminuição das rivalidades, e ampliação da integração política, econômica e territorial. Essa conjuntura tem dois principais períodos. O primeiro, que se estende de 1991 até 2002, caracteriza-se por uma perspectiva mercantilista de ampliação da cooperação regional. Termina com a diminuição do intercâmbio comercial iniciada com as crises internacionais do final dos anos 1990. O segundo ocorre com a aproximação política entre os países a partir de 2003, sendo distinguido pela recuperação da economia. Na última década, essa ordem regional passou por grandes transformações devido a retomada do crescimento econômico e por novas ambições internacionais. Em conjunto, esses fatores acompanham uma tendência de re-inserção internacional da América do Sul.