Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Prioste, Claudia Dias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-05122007-101058/
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Resumo: |
Este trabalho, situado na linha de pesquisa Psicologia e Educação, teve como objetivo identificar as adversidades produzidas no ambiente escolar mediante as propostas textuais da educação inclusiva. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo que contou com vinte e seis professores de uma escola pública Estadual de São Paulo. Os professores foram convidados a participarem colaborativamente de dezesseis encontros que tiveram como proposta o debate sobre o tema da inclusão. Nestes debates, predominaram queixas e relatos de caso. Para a organização dos dados, agrupamos as reclamações produzindo tabelas e gráficos de freqüência, que, aliados aos casos relatados pelos professores, nos ofereceram um panorama do mal-estar e do descontentamento docente. O bloco de queixas mais enfáticas refere-se à falta de estrutura e suporte ao professor (58%); em seguidas, estão as reclamações que recaem sobre os alunos (29,3%) com destaque para os problemas de comportamento e de aprendizagem. No terceiro bloco foram reunidas as queixas sobre família, sociedade e imposição da lei (12,6%). Na análise qualitativa dos casos e queixas, utilizamos recursos teóricos da psicanálise que nos possibilitaram algumas reflexões sobre o teor das interações escolares e sua relação com o mal-estar docente. Os resultados apontam para dificuldades no estabelecimento de laços entre professores e alunos. Dificuldades intensificadas tanto pelas condições de trabalho desfavoráveis, quanto por crenças e estereotipias relacionadas às crianças consideradas diferentes. Portanto, face à angústia destes estranhamentos, tende-se a criar alteridades radicais que visam a exclusão da subjetividade do Outro considerado estranho. Assim, as crianças que não se enquadram nos padrões de normalidade socialmente construídos, quando freqüentam classes regulares, recebem o rótulo de \"incluídas\", ainda que, permaneçam à margem das interações e investimentos pedagógicos. |