Estado nutricional de crianças de 2 a 6 anos e sua relação com características da dieta materna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Janaína Paula Costa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-09112023-145930/
Resumo: Objetivo. Verificar a relação entre o excesso de peso em crianças de 2 a 6 anos e características da dieta materna. Métodos. Estudo de corte transversal. A coleta de dados ocorreu no período de março a dezembro de 2007 em sete escolas particulares no município de São Paulo. A amostra foi constituída pelo conjunto mãe e filho, ou seja, foram coletadas informações referentes a esses dois sujeitos. Fizeram parte desse estudo 224 crianças. Foram coletados dados por meio de dois questionários: um para caracterização da amostra e o segundo, um questionário de freqüência alimentar, para conhecer o valor energético total da dieta materna. Ambos foram auto-preenchidos, em casa, pelas mães e devolvidos a escola. A variável dependente, o estado nutricional, foi analisada sob a forma de duas categorias: crianças com baixo ou adequado Índice de Massa Corporal (IMC) para idade constituíram a categoria 0 (sem excesso de peso), e aquelas com sobrepeso ou com obesidade formaram a categoria 1 (com excesso de peso). O IMC foi classificado segundo os pontos de corte da Organização Mundial de Saúde de 2007. A variável independente principal foi o valor energético da dieta materna. As demais variáveis independentes foram: sexo da criança, IMC matemo e paterno, renda familiar, escolaridade da mãe, tempo de amamentação, idade da mãe e do pai, peso ao nascer da criança, média de refrigerante comum e de frutas, verduras e legumes consumidos pela mãe. Utilizaram-se os softwares: Excel, Sisdiet, Epi Info e o pacote estatístico Stata versão 9.2. Realizou-se regressão linear generalizada (GLM) múltipla para a análise da relação das variáveis independentes com a variável dependente. Resultados. Encontrou-se prevalência de 53,57% de crianças com excesso de peso. Apesar de o valor energético total da dieta materna não ter se associado com o excesso de peso infantil, maior IMC materno, maior peso da criança ao nascer e maior tempo de amamentação associaram-se positivamente ao excesso de peso na idade pré-escolar. Conclusão. As mães com excesso de peso têm prevalência 34% maior de crianças com excesso de peso em relação às mães eutróficas. Maior peso ao nascer aumenta a chance de a criança apresentar sobrepeso ainda na fase pré-escolar. Período superior a 12 meses de amamentação foi visto como um fator de proteção contra o excesso de peso infantil.