Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Andrighetto, Luiza Vitelo |
Orientador(a): |
Mazzoleni, Luiz Edmundo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/188880
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Resumo: |
Introdução e objetivo O número de pessoas com excesso de peso tem aumentado consideravelmente e sobrepeso/obesidade têm sido considerados importantes problemas de saúde pública. Infecção gástrica pelo Helicobacter pylori (H. pylori) acomete cerca de 50% da população mundial e está associada com várias doenças. Alguns estudos têm demostrando uma possível associação da infecção pelo H. pylori com o estado nutricional, mas com resultados controversos. O objetivo desse estudo foi avaliar se a infecção pelo H. pylori tem associação nos indicadores antropométricos e metabólicos. População e Métodos Estudo transversal, no qual foram avaliados 641 pacientes dispépticos funcionais segundo os critérios do Consenso Roma III, dos quais 423 eram H. pylori positivos e 218 H. pylori negativos. Os pacientes foram submetidos à endoscopia digestiva alta com biópsias gástricas, para avaliação histológica e pesquisa do H. pylori com teste da urease e exame histopatológico (Hematoxilina-Eosina e Giemsa). Avaliação antropométrica determinou o índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, quadril e relação cintura-quadril. Foram realizadas avaliações laboratoriais da glicemia, colesterol e triglicerídeos. O desfecho principal do estudo foi a comparação dos parâmetros nutricionais, clínicos e laboratoriais, entre os pacientes H. pylori positivos vs negativos. Resultados: A porcentagem de pacientes do sexo feminino foi de 80% e a idade média da amostra foi de 46±13.2 anos. Do total da amostra de pacientes, 53.4% apresentaram IMC ≥25 kg/m². A média de IMC nos pacientes H. pylori positivos e H. pylori negativos foi de 26.3±4.5 kg/m² e 25.5±4.9kg/m² respectivamente (p=0.01). A proporção de pacientes com IMC ≥25 kg/m² nos pacientes H. pylori positivos foi de 56.8% e nos negativos foi 46.7% (p=0.02). A média da circunferência da cintura nos pacientes H. pylori positivos e H. pylori negativos foi 82±1cm e 80±12cm respectivamente (p=0.007). A proporção de pacientes com circunferência de cintura aumentada foi 46.9% nos H. pylori positivos e de 37.9% nos H. pylori negativos (p=0.04). A média da relação cintura quadril nos pacientes H. pylori positivos e H. pylori negativos foi 0.82±0.08cm e 0.80±0.08cm respectivamente (p=0.01). A proporção de pacientes com a relação cintura-quadril aumentada foi 29.6% nos H. pylori positivos e de 21.7% nos H. pylori negativos (p=0.053). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas nos níveis de glicemia, colesterol e triglicerídeos entre pacientes H. pylori positivos e negativos. Entretanto, a análise multivariada não encontrou associação entre a infecção pelo H. pylori com os parâmetros nutricionais clínicos ou laboratoriais. Nível de escolaridade uso de chimarrão, inflamação e atrofia da mucosa gástrica foram independentemente associados com a infecção pelo H. pylori na análise de regressão logística. Conclusão: Os nossos dados não demonstraram associação entre a infecção pelo H. pylori e parâmetros antropométricos e indicadores metabólicos. Esses resultados alertam para o risco de analisar a relação H. pylori vs indicadores antropométricos e metabólicos apenas considerando a bactéria, sem valorizar o efeito de dados clínicos e demográficos sobre os parâmetros nutricionais. |